Leonard Lauder, empresário e filantropo norte-americano, morreu neste sábado aos 92 anos, na sua casa em Manhattan, no estado de Nova Iorque, anunciou a Estée Lauder Companies, em comunicado. Primogénito de Estée Lauder, fundadora da marca com o mesmo nome, Leonard teve um papel fundamental na expansão e consolidação do negócio de família, tornando-o num dos maiores no mundo da cosmética.
Aquilo que começou como um pequeno negócio de cremes, fundado pela mãe, em 1946, num mercado dominado por gigantes, foi catapultado por Leonard Lauder, que lhe deu estrutura empresarial e conquistou o reconhecimento internacional.
Nascido em Nova Iorque em 1933, Lauder serviu na Marinha dos Estados Unidos como tenente, antes de começar a trabalhar na empresa dos pais, em 1958. Nesse ano, a Estée Lauder Companies tinha vendas anuais inferiores a um milhão de dólares. Contudo, sob a sua liderança como director-executivo ao longo de 17 anos, a empresa internacionalizou-se na Europa e na Ásia, e criou o primeiro laboratório de investigação e desenvolvimento da marca. Actualmente, a empresa está presente em 150 países e no ano passado, as vendas atingiram 13,5 mil milhões de euros, aproximadamente.
Foi também Leonard Lauder quem coordenou o processo de entrada da empresa na Bolsa de Valores de Nova Iorque, em 1995, o que fez com que as acções subissem 33% no primeiro dia de negociação. Com os olhos postos no futuro, o herdeiro do império de cosmética, diversificou o portfólio da empresa e aproximou a marca das novas gerações de consumidores.
Em 1999, Lauder abandonou o cargo de CEO, mas manteve-se ligado à companhia como presidente emérito, cargo que deteve até ao final da sua vida, durante a qual acumulou uma fortuna pessoal estimada em 10,1 mil milhões de dólares (cerca de 9,1 milhões de euros), segundo foi apurado pela revista Forbes, já este ano.
Paixão pela arte e compromisso com a ciência
Leonard Lauder era também conhecido pela sua paixão pela arte. Em 2013, o filantropo norte-americano ofereceu ao Metropolitan Museum of Art (Met) uma colecção de quase 80 obras cubistas de Picasso, Braque, Léger e Gris, avaliada em cerca de mil milhões de dólares (865.567 euros), segundo a revista Forbes. Nas palavras do director do museu, Thomas Campbell, a doação “é notável pela sua qualidade e profundidade”. E acrescenta ao “Agora, o cubismo será representado com algumas das suas maiores obras-primas”, acrescenta, citado pelo The New York Times.
Além do seu contributo no sector artístico, Lauder apoiou também instituições médicas e científicas em investigação nas áreas do cancro da mama e do Alzheimer. O norte-americano foi ainda presidente honorário do conselho da Breast Cancer Research Foundation, uma organização sem fins lucrativos que se dedica à prevenção e à cura do cancro da mama.
A notícia da morte do empresário e filantropo gerou várias reacções. A britânica Elizabeth Hurley, que iniciou a sua carreira de modelo com a marca, escreveu nas redes sociais: “Chamava-lhe ‘o meu pai americano’ e não consigo imaginar um mundo sem ele.” Mike Bloomberg, ex-presidente da câmara de Nova Iorque, não ficou indiferente e numa publicação no Instagram afirmou que “o seu legado será sentido por gerações”. Também Steve Forbes lamentou a morte de Lauder na rede social X, antigo Twitter: “Viveu bem a vida. A sua partida é uma perda para o mundo.”
No comunicado oficial da companhia, o actual CEO da Estée Lauder Companies, Stephane de La Faverie, declarou que Leonard Lauder “foi um ícone e um pioneiro, cuja energia e visão ajudaram a moldar a empresa e continuarão a inspirá-la por gerações”.
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