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Musk força despedimento de equipa que melhorou serviços digitais do fisco | EUA

A Administração de Donald Trump despediu uma equipa de funcionários públicos especialistas na área das tecnologias de informação que nos últimos anos ajudaram várias agências federais a desenvolver serviços digitais, incluindo a declaração de impostos do Internal Revenue Service (IRS), a autoridade tributária norte-americana, noticiou a agência Reuters.

A saída foi forçada pelo Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), um organismo sem estatuto legal dentro da administração federal dos Estados Unidos, liderado por Elon Musk para reorganizar estruturas da administração pública, reduzir e extinguir agências e departamentos governamentais.

Os funcionários pertenciam a uma equipa chamada “18F”, lançada em 2014 durante a Administração democrata de Barack Obama dentro da Administração de Serviços Gerais (GSA, na sigla em língua inglesa). Tinha engenheiros informáticos, designers e gestores de produto cuja actividade foi agora considerada “não essencial”.

O despedimento abrange cerca de 90 especialistas. A partir do momento em que foram informados da saída, ficaram sem acesso imediato aos dispositivos de trabalho, diz a Reuters.

A própria informação oficial no site do GSA sobre este núcleo de trabalho já desapareceu: o site tinha uma página com a descrição do “18F” (um “About 18F”) que, neste momento, já está inacessível.

Num e-mail a que a Reuters teve acesso, enviado aos trabalhadores pelo director dos serviços de transformação tecnológica da GSA, Thomas Shedd, um aliado de Musk que assumiu o cargo há pouco mais de um mês, o núcleo de funcionários foi considerado como dispensável, o que ditou a decisão de os despedir.

A Administração de Serviços Gerais diz estar a cumprir as ordens executivas da Administração Trump, incluindo uma de 11 de Fevereiro que diz respeito à iniciativa de reestruturação que está a ser implementada pelo DOGE, onde se prevê que os responsáveis das agências devem tomar medidas “prontamente” para “iniciar reduções de força de trabalho em grande escala”, o que abrange funcionários que “desempenham funções não exigidas por estatuto ou outra lei e que normalmente não são designados como essenciais”. Foi assim que a equipa do “18F” foi enquadrada para justificar a sua saída de cena.

No mesmo e-mail, que o jornal britânico Newsportu também cita, Thomas Shedd é explícito ao dizer que a decisão foi tomada ao mais alto nível, tanto na Administração norte-americana como na GSA. E embora afirme que não há, por ora, outros programas afectados, abre a porta a novas reestruturações, dizendo que se prevêem “mais alterações no futuro.”

Shedd, de 28 anos, trabalhava na Tesla antes de ser chamado por Elon Musk para esta função e, logo que assumiu o cargo, disse que iria gerir a GSA como uma startup tecnológica e implementar programas de inteligência artificial em todo o Governo, escreve o jornal Newsportu.

A saída dos 90 funcionários indicia que há um desmantelamento total do “18F”, núcleo que, refere o mesmo jornal, trabalhou não só no desenvolvimento da declaração online de IRS, mas também com agências federais na actualização de tecnologia e utilização de novos produtos de software (só em 2024, trabalhou em mais de 31 projectos em diferentes agências).

O departamento liderado pelo homem mais rico do mundo tem tentado aceder a uma série de informações fiscais que estão à guarda do Internal Revenue Service (IRS), mas tem enfrentado oposição.

Depois de querer aceder à plataforma que os funcionários do fisco utilizam para consultar informações detalhadas dos contribuintes (o Sistema Integrado de Recolha de Dados, IDRS na sigla em língua inglesa) para analisar a informação para corrigir gastos dentro da agência, o Departamento do Tesouro travou a diligência nesses termos, não permitindo o acesso a informação individual e apenas aceitando a divulgação de informação anonimizada, escreve a Reuters.

Agora, o jornal The Washington Post noticia que a equipa liderada por Elon Musk terá pedido para utilizar os ficheiros de informação fiscal para verificar pagamentos de benefícios federais, com o objectivo de encontrar situações fraudulentas. Em paralelo, o Departamento de Segurança Interna terá pedido ao fisco para revelar as moradas de cerca de 700 mil imigrantes que se encontram sem documentos e que os Estados Unidos querem deportar, refere a Reuters.

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