“Com o mundo de hoje mais complexo e imprevisível, não participar, não decidir, não votar faz ainda menos sentido do que noutras eleições” e “seria meter a cabeça na areia”, disse este sábado o Presidente da República numa mensagem ao país, que ele já havia anunciado vir a ser a “mais curta” desde que assumiu a função.
Naquela que foi a sua oitava comunicação proferida em véspera de eleições, Marcelo Rebelo de Sousa exortou ao voto dos portugueses nas legislativas deste domingo, notando que “votar neste momento é contribuir para a estabilidade no meio de um mundo instável”, em especial no cenário que até maio de 2026 se desenha em Portugal, onde constitucionalmente não poderá haver novas eleições.
O PR centrou a sua mensagem em “três reflexões breves e diretas”, começando por dizer que “o mundo de 2025 é radicalmente diferente do mundo de 2024”. “O regresso ao poder do atual presidente norte-americano implicou em quatro meses mudanças enormes nas relações com a Europa, a Rússia e a China”, o que criou um cenário de “imprevisibilidade na economia internacional” que coloca sobre europeus e portugueses “maiores responsabilidades”.
Marcelo chamou a atenção para a impossibilidade de se “ficar indiferente à gravidade do instante vivido” sob pena de, mais tarde, “limitar-se a chorar sobre leite derramado”. Para o Presidente, “50 anos depois da eleição mais participada de sempre, dar vida à liberdade, à igualdade, à solidariedade, à segurança, à democracia e à paz é também votar amanhã pelo futuro de Portugal”.
Na sexta-feita, Marcelo já tinha dito que “a grande prioridade para Portugal, depois de uma campanha e pré-campanha muito longas e intensas, é participarem e votarem no domingo”. Quanto à campanha em si, da qual se manteve à distância, observou: “Não gostei, não participei e não comentei.”
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