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“Ninguém pode afirmar que não voltaremos a viver um apagão”, admite ministra do Ambiente

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Para evitar fenómenos semelhantes, a responsável defende que o que se deve “garantir a evolução e adequação do sistema elétrico a um novo paradigma, assente na produção renovável e na descentralização e que gera naturalmente desafios”, assegurando que já se trabalha nesse sentido.

"Ninguém pode afirmar que não voltaremos a viver um apagão", admite ministra do Ambiente

ANTÓNIO PEDRO SANTOS

A ministra do Ambiente e Energia considerou, esta terça-feira, que há lições a tirar do apagão elétrico e, apesar de não haver garantia que se consegue evitar um fenómeno do género, há passos a dar para mitigar os efeitos.

“Honestamente, ninguém pode afirmar que não voltaremos a viver um apagão como o de dia 28 de abril, não há essa garantia. Mas podemos fazer tudo o que esteja ao nosso alcance para prevenir um evento dessa natureza e, sobretudo, mitigar drasticamente os seus efeitos caso este aconteça”, disse, esta terça-feira, Maria da Graça Carvalho, na abertura da conferência “Estratégia e Segurança Elétrica para Portugal”, promovida pela Ordem dos Engenheiros (OE), em Lisboa.

O reforço do investimento nas redes, armazenamento e serviços de sistema foram alguns dos pontos destacados pela ministra para prevenir um corte generalizado de energia semelhante, ou, pelo menos, os seus impactos.

“Seguramente que há aspetos em que poderíamos ter sido melhores, lições a retirar. Esta ocorrência deve levar-nos a melhorar o nosso sistema energético”, comentou a ministra, lembrando que ainda não há um diagnóstico do que realmente aconteceu.

“Sabemos que a causa foi externa a Portugal”, acrescentou.

O que fazer para evitar situações semelhantes

Para evitar fenómenos semelhantes, a responsável defende que o que se deve “garantir a evolução e adequação do sistema elétrico a um novo paradigma, assente na produção renovável e na descentralização e que gera naturalmente desafios”, assegurando que já estão a trabalhar nesse sentido.

Para trilhar este caminho, destaca dois pontos:

“O desafio associado à recolha e gestão de dados, cujo volume e complexidade exigem soluções mais avançadas e digitais. E o desafio de garantir a capacidade de o sistema elétrico se opor às mudanças de frequência – a chamada inércia – , bem como a flexibilidade necessária à gestão da rede para assegurar a sua fiabilidade e resiliência”, acrescentou.

No que toca à direção a seguir, defende que o país já tem um rumo e “ações claras”.

Duplicada capacidade de ‘blackstart’

A ministra lembrou ainda que decidiram prorrogar o serviço de ‘blackstart’ (arranque autónomo) da central da Tapada do Outeiro até 31 de março de 2026.

“Estávamos já a trabalhar na decisão, que sai agora reforçada, de duplicar a capacidade de ‘blackstart’, mantendo esta valência na Tapada do Outeiro e em Castelo de Bode, enquanto será ativado pela REN o serviço de ‘blackstart’ com as centrais hídricas de Baixo Sabor e Alqueva por um período de cinco anos”, reforçou.

Este painel de peritos terá de elaborar um relatório factual que constituirá a base do relatório final até o prazo máximo de 28 de outubro deste ano. Já o relatório final sobre a investigação do incidente deverá ser publicado, o mais tardar, até 30 de setembro de 2026.

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