O Novo Banco deverá mesmo avançar para a bolsa. A instituição recebeu uma indicação formal do seu acionista principal, a Lone Star, para avançar com uma oferta pública inicial (IPO) das suas ações. A indicação foi comunicada esta manhã à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
O processo será coordenado com os acionistas, incluindo o Fundo de Resolução e o Estado Português, e deverá ocorrer nos próximos meses. O objetivo é colocar no mercado até 30% do capital do Novo Banco.
O banco tinha já selecionado o Bank of America Corp., o Deutsche Bank AG e o JPMorgan Chase & Co. para liderar os preparativos da entrada em bolsa, segundo fontes citadas pela Bloomberg. Outros bancos poderão ser acrescentados à operação numa fase posterior.
A entrada do Novo Banco em bolsa surge num momento de incerteza sobre o seu futuro. Embora o IPO seja o cenário central, a venda direta do banco tem estado também em cima da mesa. A Caixa Geral de Depósitos e o Caixabank terão equipas a analisar o dossiê, apesar de o CEO do dono do BPI, Gonzalo Gortázar, ter afastado a hipótese de participação no processo.
Antes da operação, o Novo Banco distribuirá 1,3 mil milhões de euros em dividendos aos acionistas. O Estado, que detém 25% do capital, poderá arrecadar mais de 300 milhões de euros, enquanto o fundo Lone Star, com 75%, receberá o restante.
O presidente do Fundo de Resolução, Máximo dos Santos, reiterou no parlamento que o objetivo da instituição é gerar receita com a venda da participação no Novo Banco. “Não está na génese do Fundo ter participações estratégicas”, afirmou, sublinhando que os recursos obtidos ajudarão a cobrir os compromissos financeiros do Fundo de Resolução.
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