A 25 de Novembro de 1975, forças militares antagónicas defrontaram-se no terreno, com a vitória do chamado Grupo dos Nove, a ala moderada do Movimento das Forças Armadas, (MFA), cujo ideólogo era Melo Antunes, que ouvimos na abertura do episódio, e do qual também fazia parte Vasco Lourenço.
O presidente Costa Gomes, Ramalho Eanes e Jaime Neves são outros nomes associados a este evento, que consolida a democracia e põe termo ao Processo Revolucionário em Curso, o famoso PREC.
Como não se cansa de dizer o historiador Pacheco Pereira, o 25 de Abril não tem qualquer comparação com o 25 de Novembro. “O 25 de Abril foi uma data fundadora que acabou com 48 anos de ditadura, e com três guerras coloniais” e o “25 de Novembro foi uma data correctora, comparável à derrota do golpe de 11 de Março, que teve o mesmo papel”.
Meio século depois, os partidos políticos de direita querem uma equiparação total entre a comemoração dos 50 anos do 25 de Abril e o cinquentenário do 25 de Novembro (até nos arranjos florais).
Hoje, a data será assinalada com uma parada militar, que o presidente da República classificou como um regresso ao passado, e uma sessão que dividirá a meio as bancadas parlamentares.
O convidado deste episódio, Filipe Garcia, jornalista da Lusa, que publicou recentemente a Breve História do 25 de Novembro, diz que esta é uma história que não se resume a um dia e que “tão pouco é simples de contar”. Mas é isso que Filipe Garcia vai fazer.
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