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O PSG tinha a Europa, o Chelsea ficou com o mundo | Crónica de jogo

O Chelsea impediu neste domingo o PSG de ser o “rei do futebol”. No MetLife Stadium, New Jersey tornou-se “blue jersey”, com a equipa londrina a destruir o PSG com um 3-0 na final do Mundial de Clubes.

O que têm em comum Donald Trump, J Balvin, Cole Palmer, Coldplay, Gianni Infantino, o Fundo Soberano da Arábia Saudita e Enzo Maresca? Nada de especial – ou interessante. Mas participaram todos, cada um à sua maneira e com a sua relevância, no evento “à americana” que encerrou o Mundial de Clubes e a temporada de clubes 2025/26.

O vencedor da Liga Conferência bateu o vencedor da Liga dos Campeões e pôde fazê-lo com direito a apresentação das equipas no relvado e a halftime show com actuações musicais.




Com Infantino e Trump bem juntos na tribuna de honra, os ingleses são a primeira equipa a vencer este novo formato da principal prova global de clubes de futebol, com “patrocínio” do dinheiro da Arábia Saudita.

Chelsea audaz

Mas falemos de futebol. O Chelsea levou a este jogo a ideia de pressionar a saída do PSG, mobilizando Enzo ou Palmer para junto de João Pedro – a ideia era fazer um jogo de pares muito subido, mesmo que mais atrás faltasse um homem para cobrir os médios adversários.

Esta opção acarretava riscos – nomeadamente se o PSG saltasse a primeira fase de construção e conseguisse ligar directamente mais à frente –, mas acabou por resultar, dada a dificuldade dos defesas para jogarem. E a pouca mobilidade da equipa francesa também ajudou, dado que aos centrais não eram dadas vias de saída – as curtas estavam tapadas pela pressão alta do Chelsea, as longas eram inexistentes pela falta de movimentações.

Ofensivamente, o Chelsea conseguia jogar sobretudo pelo balanceamento ofensivo do PSG. Aos 22’, Mendes perdeu um duelo corpo a corpo com Gusto e a equipa não estava preparada para essa transição e para a finalização de Palmer. E aos 29’ houve uma perda de bola e novamente a equipa perdida na frente e a recuperar a passo – Mendes estava projectado na frente e não havia lateral para parar Palmer, que finalizou novamente uma transição com classe.


Aos 43’, Chalobah encontrou Palmer entre linhas e o inglês pode rodar e correr, novamente com o PSG desequilibrado. O lance acabou com uma finalização tremenda de João Pedro, “picando” por cima de Donnarumma.

O denominador comum era a total falta de consciência defensiva de um PSG desligado do jogo – parecia uma equipa confiante no ataque posicional permanente e, sobretudo, confiante de que o Chelsea não arriscaria deixar tanta gente na frente.

O risco era tremendo, mas compensou. Palmer e Gusto estavam em permanente superioridade perante o lado esquerdo do PSG – que umas vezes não tinha Mendes e noutras não tinha ninguém.

Neves expulso

Caso o PSG tivesse saltado mais vezes a primeira fase de construção isso poderia ter sido um terror para um Chelsea tão arrojado? Provavelmente. Mas isso foi feito apenas um par de vezes – aos 16’ e 18’, Dembélé interpretou bem a imensidão de relvado livre atrás dos médios do Chelsea, que se mobilizavam para uma pressão altíssima. E se algum desses lances perigosos tivesse dado golo o jogo seria por certo bem diferente.


E é curioso que o Chelsea apostou nessa via directa várias vezes, com o guarda-redes Robert Sánchez a mostrar dotes de passe longo que permitiam à equipa encontrar soluções.

Depois de uma primeira parte futebolisticamente muito rica (a nível técnico e táctico), o Chelsea baixou claramente as linhas após o intervalo e o jogo passou a fazer-se mais de luta e atritos do que de bom futebol.

No que diz respeito ao Chelsea era impossível pedir à equipa que continuasse a pressionar tão alto com o passar dos minutos e o PSG pôde jogar mais em ataque posicional. E criou perigo. Teve três momentos de ataque à baliza de Robert Sánchez, que continuava a somar defesas – algumas de elevada dificuldade.

Não fosse o impacto de Palmer em golos e assistência e o guarda-redes espanhol seria um candidato evidente a homem do jogo – defesas importantes e uma qualidade tremenda nas bolas longas, servindo o jogo ofensivo do Chelsea.


Também Donnarumma, por culpa de dois erros de Beraldo, ia fazendo defesas importantes para evitar um resultado ainda mais embaraçoso para a equipa que era claramente favorita para este jogo.

E, como se não bastasse, o PSG ainda ficou a jogar com dez nos últimos minutos, com expulsão de João Neves após um puxão de cabelo a Cucurella. O resultado estava feito, o título entregue e a (re)afirmação internacional do Chelsea consumada.



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