O piloto francês Sébastien Ogier (Toyota Yaris) terminou este sábado o segundo dia da 58.ª edição do Rali de Portugal na liderança da prova e está mais próximo de um inédito sétimo triunfo nesta que é a quinta ronda do Campeonato do Mundo (WRC).
Ogier, que começou na segunda posição, fechou o dia com 3h01m04,7s, deixando na segunda posição o finlandês Kalle Rovanperä (Toyota), com o estónio Ott Tänak (Hyundai) em terceiro, a 36,1s, depois de ter perdido a direcção assistida na penúltima classificativa, em Amarante.
O piloto estónio foi o principal dominador ao longo do dia, depois de um ataque surpresa de Ogier nos dois primeiros troços ter encurtado a distância para dois segundos.
Ott Tänak respondeu na primeira passagem por Amarante, o mais longo troço do dia, com 22 quilómetros de extensão, ganhando nove segundos.
A toada manteve-se na secção da tarde, com o antigo campeão mundial (2019) a vencer as segundas passagens por Vieira do Minho e Cabeceiras de Basto.
Quando se preparava para aplicar a mesma receita em Amarante 2, a direcção assistida do Hyundai cedeu a sete quilómetros do final, fazendo Tänak perder 45,6 segundos até ao final do troço e mais oito na superespecial de Lousada, que encerrou o dia.
“Faz parte do jogo. Foi um infortúnio. Da nossa parte, demos tudo. O que mais posso dizer?”, comentava Ott Tänak, no final, aos microfones da transmissão oficial do site do campeonato do mundo.
Curiosamente, também Ogier se mostrou desalentado com o desfecho de uma luta que esteve animada ao longo de todo o dia.
“Não é desta forma que queremos ganhar. Estávamos os dois a atacar. Na especial anterior disse ao meu engenheiro que qualquer coisa podia acontecer. Não gosto de celebrar vitórias destas. Mas isto ainda não acabou, amanhã ainda será um dia longo”, frisou o piloto francês, vencedor da prova lusa em 2010, 2011, 2013, 2014, 2017 e 2024.
O piloto da Toyota, que participa em apenas algumas provas do campeonato, pode conseguir um inédito sétimo triunfo e ampliar o recorde de vitórias que já lhe pertence desde o ano passado.
Com os problemas do companheiro de equipa, o campeão do Mundo, Thierry Neuville, aproximou-se do pódio, fechando o dia na quarta posição, a 44,6s de Ogier e a 8,5s de Tänak.
“Podia ser um dia bom com o Ott na liderança e nós na luta pelo pódio. Não sei o que dizer. Estamos todos desalentados. Temos de responder”, frisou.
O japonês Takamoto Katsuta (Toyota), que começou o dia na terceira posição, não encontrou o antídoto para o ataque dos adversários e baixou à quinta posição, a 46,8s do líder e a 2,2s de Neuville.
Sami Pajari (Toyota) é sexto, a 1m58,4s, depois de ter conseguido resistir aos avanços do britânico Elfyn Evans (Toyota), líder do Mundial, que nunca conseguiu aproximar-se do finlandês.
Já sem a presença dos pilotos do Campeonato de Portugal, cuja classificação ficou fechada na véspera, Armindo Araújo (Skoda) terminou o dia como melhor português, na frente de Diogo Salvi (Ford) e de Pedro Meireles (Skoda).
Este domingo disputa-se a última etapa do Rali de Portugal, com 72,16 quilómetros cronometrados, divididos por seis especiais, com duplas passagens por Paredes, Felgueiras e Fafe.
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