Hoje, aquilo que une a esquerda – sem prejuízo das diferenças, algumas significativas – é sobretudo a consolidação do Estado social, que preste serviços públicos universais e tendencialmente gratuitos, fomente o desenvolvimento, combata a desigualdade, proteja os desfavorecidos e promova uma sociedade mais justa. Tais objetivos justificam uma adequada intervenção do Estado na economia (quer na regulação, quer através de empresas públicas) e a progressividade do sistema fiscal. Tudo no quadro do Estado de direito, que garanta a liberdade e os direitos fundamentais, valores que, como é evidente, são partilhados com a direita democrática.