Eleições Legislativas
Debate SIC Notícias
No dia em que o Presidente da República recebe os líderes do PSD, PS e Chega, representantes dos mesmos partidos participam num debate na SIC Notícias sobre os possíveis cenários de governabilidade em Portugal.
Alexandre Poço, da AD, Filipe Melo, do Chega e João Torres, do PS comentaram o resultado das eleições legislativas, na SIC Notícias, e perspetivaram o que poderá acontecer no futuro.
Para Alexandre Poço, Luís Montenegro “sai mais legitimado destas eleições”.
“Cabe ao Governo implementar o programa que foi mais votado, legitimado e reforçado por parte dos portugueses.”
“Temos uma maioria relativa e isso faz com que nós tenhamos de ter uma postura de diálogo no Parlamento”, afirmou Alexandre Poço. De seguida lembrou que isso não deve colocar em causa os “compromissos eleitorais” que assumiram relativamente a “parceiros de governação”.
Na SIC Notícias, João Torres afirmou que o “PS encontra-se num momento de reflexão”. O socialista diz que o partido precisa de tempo para debater os resultados eleitorais e “para refletir quais as melhores estratégias para se reconciliar com os portugueses, muito em particular com os mais jovens”.
João Torres reafirmou que a “primeira responsabilidade do PS é fazer oposição” e disse que um “bloco central seria uma solução muito nociva para a democracia”.
“Aquilo que se impõe ao Partido Socialista é trabalhar em dois cenários: por um lado trabalhar para o horizonte da legislatura, isto é, para um período de quatro anos (…) Um partido como o PS tem de estar simultaneamente preparado para, a qualquer momento, se necessário, enfrentar eventuais eleições e apresentar-se aos eleitores como uma alternativa credível”, afirmou.
Filipe Melo acredita que, depois de serem contabilizados os votos dos círculos da emigração, o Chega será o “principal e o maior partido de oposição”.
Quanto às possibilidade de diálogo com a AD, o partido de André Ventura mostra-se disponível, mas com uma condição: “Estamos disponíveis se a AD quiser dialogar só com o Chega, se quiser dialogar também com o PS, vai ter que dialogar com o PS”, disse Filipe Melo.
“Há um cenário de direita nunca antes visto em Portugal e o primeiro-ministro tem que estar ciente que, ou dialoga à direita, ou então quer continuar a negociar com o centro-esquerda e para nós para isso não estamos disponíveis”
Esta segunda-feira, o líder parlamentar do Chega, Pedro Pinto, já tinha revelado que o partido estava disponível para “viabilizar uma solução de governo”.
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