O Parlamento deverá aprovar, esta quinta-feira, a descida do IRS que permite deixar mais dinheiro nos salários. Só o escalão mais alto de rendimentos não será abrangido. A medida entra em vigor ainda noverão, mas com retroativos a janeiro.  

É um alívio de 500 milhões de euros, que vai abranger os rendimentos do primeiro ao oitavo escalão do IRS.  

O desagravamento das taxas de retenção na fonte já foi aprovado, na generalidade, no Parlamento.A proposta de lei desceu à especialidade e será discutida e votada esta quinta-feira. Tem ainda de ir a plenário a 16 de julho, para poder entrar em vigor. 

A proposta atual é do Governo e, com a discussão na especialidade, pode sofrer alterações. 

O PS vai apresentar uma proposta de alteração que se baseará no prémio salarial aos jovens. A bancada socialista quer que este prémio sejacumulável com o IRS jovem este ano.  

Também o PSD vai incluir uma norma no texto, a pedido do Chega, que só terá efeitos no próximo Orçamento do Estado. 

É uma descida que vai aumentar o rendimento disponível das famílias em pleno verão e com efeitos até ao final do ano.  

Veja os exemplos

No caso de uma pessoa solteira e sem filhos,com um salário de 1500 euros por mês, a poupança será de 82 euros, com a nova descida de IRS. É dinheiro que o Estado já não vai reter e que entrará na sua conta bancária.  

No caso de um cidadão casado e com um filho, que receba um salário de 1750 euros, a poupança chega aos 100 euros. Já se tiver dois filhos e um salário de 1800 euros brutos, a poupança passa os 100 euros. 

Há casos em se que poderá mesmo vir a receber mais de 400 euros, comprando com o IRS do ano passado. O alívio vai chegar a salários até aos 6297 euros brutos.  

O jornal Expresso noticiou que a rapidez do Governo em aprovar a descida do IRSem pleno verão tem como objetivo aumentar o consumo e dar um impulso à economia, que pode estar em risco de não crescer tanto como o Executivo espera.