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Paulo Lopo: «Não foram Jota nem Evra que colocaram um processo ao Estrela»

Presidente do Estrela da Amadora criticou teor, conteúdo e intenções da publicação que deu conta do processo judicial colocado pela MYFC aos tricolores, lembrando que os autores do mesmo são Hugo Cortez e Ivan Braz, e não os dois internacionais

Apenas dois dias após ter vindo a público o processo colocado pela MYFC Ventures ao Estrela da Amadora, ao qual os tricolores reagiram de imediato anunciando, por via dos seus advogados, a interposição de outro processo jurídico por falta de pagamento e os danos causados, o presidente da SAD do Estrela, Paulo Lopo, abriu o coração numa mensagem publicada na sua conta pessoal no Facebook, criticando a publicação que noticiou o processo e lamentando todo o sucedido.

No longo texto que publicou, o responsável máximo pela administração do clube da Reboleira sustenta os argumentos apresentados pelo clube a que preside no diferendo entre as duas entidades, que será resolvido na barra dos tribunais.

«[Alexandre Panda, jornalista que assina a reportagem publicada na quinta-feira, no Jornal de Notícias] não só sabia perfeitamente que não estava em causa um fundo de investimento mas sim uma empresa, como ele próprio me confirmou e até me enviou os dados, como também tinha plena consciência de que nem Diogo Jota nem Patrice Evra são proprietários da mesma», comentou, inconformado com o teor da publicação e o seu conteúdo.

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«Sabia ainda que o processo em causa é uma disputa jurídica comum, sem qualquer correspondência com a quantia absurda que decidiu escrever. Sabia tudo isto. Mas preferiu ignorar. Não foram Diogo Jota nem Patrice Evra, com quem, aliás, mantenho relações cordiais, que colocaram qualquer processo ao Estrela da Amadora. Foram Hugo Domingues Cortez e Ivan Braz, como o senhor bem sabe. Mas, claro… escrever isso não dava manchete. Não gerava cliques», criticou, agastado.

Eis a publicação de Paulo Lopo na rede social Facebook, na íntegra:

«Quando um jornalista falha ao seu dever, a verdade paga o preço.

Hoje, ao chegar a casa, o meu filho de 16 anos chamou-me ao quarto, visivelmente perturbado. Tinha nas mãos o telemóvel com a capa do Jornal de Notícias e disse-me: “Pai, olha o que os meus colegas da escola me mostraram.” Na imagem, o título espalhafatoso de uma peça assinada pelo jornalista Alexandre Panda, insinuando que um fundo de investimento associado a Diogo Jota e Patrice Evra reclamava 22 milhões de euros ao Estrela da Amadora.

Mais tarde, a minha filha mais nova, de apenas 12 anos, regressava de uma festa de aniversário. Ao entrar no carro, mostrou-me a mesma notícia comentada, pasme-se, entre crianças da sua idade. A desinformação, plantada com aparente intenção, já contaminava o recreio.

É a sociedade que temos, sim. Mas é também a imprensa que escolhemos ser. E há escolhas que revelam mais sobre o caráter de quem escreve do que sobre o conteúdo que assinam.

Conversei com o jornalista Alexandre Panda por mensagem e por telefone. Não só sabia perfeitamente que não estava em causa um fundo de investimento mas sim uma empresa, como ele próprio me confirmou e até me enviou os dados, como também tinha plena consciência de que nem Diogo Jota nem Patrice Evra são proprietários da mesma. Sabia ainda que o processo em causa é uma disputa jurídica comum, sem qualquer correspondência com a quantia absurda que decidiu escrever. Sabia tudo isto. Mas preferiu ignorar.

Ignorou os factos. Ignorou a verdade. Ignorou o impacto social, pessoal e familiar das suas palavras. Foi motivo para manchete. E essa decisão revelou mais sobre si ou sobre outros, do que sobre o Estrela da Amadora.

Dizem que é quando damos poder a alguém que verdadeiramente conhecemos o seu caráter. Os jornalistas, tal como os generais, têm o poder de carregar no botão. Mas esse poder, senhor Panda, não o torna Deus. Torna-o responsável. Ou devia tornar. E quando o usa para distorcer, manipular ou amplificar inverdades, não está a exercer liberdade de expressão, está a praticar abuso de poder.

Sou defensor incondicional da liberdade de imprensa. Mas essa liberdade não é um cheque em branco. Ou não devia ser. Exige competência, responsabilidade e ética. Porque quando é usada sem esses princípios, deixa de ser liberdade e transforma-se numa forma de opressão. De manipulação. De espetáculo sem verdade.

Não, caro Alexandre Panda, não foi Diogo Jota nem Patrice Evra com quem, aliás, mantenho relações cordiais, que colocaram qualquer processo ao Estrela da Amadora. Foram Hugo Domingues Cortez e Ivan Braz, como o senhor bem sabe. Mas, claro… escrever isso não dava manchete. Não gerava cliques. Não alimentava o clima de suspeição que por ventura, (in)convenientemente decidiu instalar. No jornalismo, como na vida, não vale tudo. E felizmente, o seu estilo está em vias de extinção.

Fico tranquilo por conhecer tantos jornalistas verdadeiramente sérios, que honram a profissão que escolheram e que não sacrificam a verdade no altar da vaidade.

Hoje, o senhor não informou. Fez show. À custa da verdade. À custa de famílias. À custa da confiança que a sociedade deposita no jornalismo.

E isso, senhor Panda, diz muito sobre si. E nada sobre o Estrela da Amadora. Apesar de tudo, os meus filhos têm orgulho no meu caráter, conhecem-me bem. Não sei se tem filhos, se Deus lhe deu ou não esse privilégio, mas se tiver, espero que hoje, ao olharem para a sua fotografia, consigam sentir o mesmo orgulho por si que os meus sentem por mim. Eu, sinceramente, não sentiria».

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