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Porta 65: há jovens à espera de apoio à renda há mais de sete meses

Economia

Centenas de jovens continuam à espera dos apoios à renda da Porta 65. Há pessoas que fizeram o pedido há sete meses e continuam à espera de uma resposta.

Sem resposta. Tem sido assim desde que o programa de apoio ao pagamento da renda foi alargada a mais jovens.

Durante o Governo do PS, a resposta era mais rápida, mas só tinha direito ao apoio quem já tinha contrato de arrendamento assinado e havia um limite máximo de renda para se poder candidatar.

Com o Governo da AD, isso mudou e passaram a entrar no sistema, em média, mais 500 candidaturas por mês. Os serviços ficaram sem capacidade de dar resposta a tantos pedidos, pelo menos não nos 45 dias de tempo máximo estipulado para atribuir os apoios.

“Consegui arranjar uma casa em Lisboa, em Alcântara. Fiz o contrato com o proprietário e assim que tive o contrato na mão, submeti o pedido. O pedido foi submetido no dia 2 de fevereiro e estamos praticamente em junho e não tive qualquer tipo de novidades”, conta à SIC Vicente Roque, candidato ao Porta 65.

“Imagino as pessoas que recebem o salário mínimo…”

Antes de se candidatar, Vicente, que vive num T1, fez a simulação: foi-lhe dito que poderá receber até 70% do valor da renda mensal de 1.100 euros.

“Já estou a pensar que daqui a quatro ou cinco meses, possivelmente vou ter de arranjar outra solução. Eu sou consultor para uma empresa de inteligência artificial, portanto tenho um salário que se consideraria acima da média para um jovem da minha idade. E mesmo para mim estou numa situação muito complicada em que não consigo pagar renda, imagino as pessoas que recebem o salário mínimo…”, afirma.

No início de abril, a SIC contactou o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU) sobre os atrasos na atribuição do Porta 65, apoio atribuído aos jovens até aos 35 anos. Apesar dos relatos de quem está à espera há seis ou até sete meses, o IHRU garantia que o tempo de análise não chegava a cinco meses, que iria implementar um plano para reduzir os tempos de resposta e que quem apresentasse a candidatura em abril teria resposta até junho.

Vicente candidatou-se em fevereiro e, numa altura em que faltam poucos dias até chegarmos a junho, não tem o pedido ainda sequer em análise.

A SIC contactou novamente o IHRU para pedir uma atualização dos prazos e para saber quantos apoios foram atribuídos desde o último contacto, em abril, mas não obteve resposta.

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