Portugal pagou menos para emitir 1.223 milhões de euros em nova dívida de curto prazo. A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) esteve num mercado para um leilão de bilhetes do Tesouro (BT), com maturidade a um ano e que tinha como montante indicativo até 1.250 milhões de euros.
O juro da operação fixou-se em 2,227%, o que compara com uma taxa média de 2,416% no último leilão de títulos com a mesma maturidade, realizado em janeiro. Na altura, a procura foi 2,67 vezes o montante colocada, acima do registado esta quarta-feira: a procura ficou 2,48 vezes acima da oferta.
O desempenho do país no mercado primário replica o que está a acontecer em mercado secundário. Apesar do agravamento das “yields” que se fez sentir nas últimas semanas, tem havido um alívio. Esta quarta-feira, os títulos a um ano negoceiam com um juro de 2,25%, a recuar 1,2 pontos-base. Já na maturidade “benchmark” (a 10 anos), a dívida pública portuguesa beneficia de uma descida no juro de 1,8 pontos-base para 3,28%.
Este foi o segundo leilão de dívida desde que os deputados chumbaram a moção de confiança ao Governo que vai levar, esta quinta-feira, à dissolução da Assembleia da República. Os investidores não têm, contudo, mostrado sinais de stress em relação à instabilidade política no país. Foi também a última operação agendada para este trimestre.
No plano de financiamento para o ano, o IGCP indicava que o montante das necessidades de financiamento líquidas do Estado no ano de 2025 deverá situar-se em cerca de 18.000 milhões de euros. Em 2025, a entidade espera que o financiamento líquido resultante da emissão de bilhetes do Tesouro produza um impacto positivo de 4.600 milhões de euros.
(Notícia atualizada às 11:00)
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