O presidente da Junta de freguesia de Santa Maria Maior, em Lisboa, insultado e agredido este domingo, 18 de Maio, à porta de uma mesa de voto em Alfama, classificou este facto de “incidente” e destaca que o importante é “celebrar a democracia”.
“O importante é celebrar a democracia. Isto é um incidente, não é o facto do dia. O facto do dia é as pessoas irem votar, espero eu, que os níveis de abstenção continuem a baixar e, portanto, seja qual for o resultado, nós logo à noite possamos celebrar mais uma vez a democracia”, declarou Miguel Coelho (eleito pelo PS) esta tarde aos jornalistas.
O incidente foi inicialmente denunciado na rede social Facebook, com Pedro Nuno Santos, líder do PS, a referir a agressão no momento em que votou este domingo.
O presidente da Junta de Freguesia de Santa Maria Maior explicou que os insultos e a agressão ocorreram quando visitava as mesas de voto em Alfama para se inteirar se “logisticamente estava tudo a funcionar bem”.
“Eu visito as mesas de voto em dia de eleições para me inteirar se logisticamente está tudo a funcionar bem, assim como para perceber o nível de afluência. No terceiro local que eu visitei, em Alfama, houve um indivíduo que estava na fila de voto, que me apontou o dedo, me chamou nomes, disse que eu era amigo dos ‘monhés’. Disse que ele votava no Chega e que eu era amigo dos ‘monhés’, ‘levas poucas'”, recordou aos jornalistas, reproduzindo os insultos de teor racista a identificar uma etnia de forma pejorativa.
Miguel Coelho diz que desvalorizou o episódio, porque as pessoas às vezes “extravasam”. Contudo, acrescenta que quando se preparava para sair do local, o alegado agressor levou a mão à sua cara e que por isso foi “ao chão”, explicou.
Coelho acrescentou que um funcionário da Junta de Freguesia de Santa Maria Maior, que estava a trabalhar junto à mesa de voto onde ocorreram os insultos e agressões, o defendeu.
Em declarações telefónicas à Lusa, Miguel Coelho disse ter “muitas testemunhas” do sucedido em Alfama e referiu que conhece o indivíduo que o agrediu e insultou, tendo formalizado uma queixa na polícia.
Miguel Coelho publicou uma curta mensagem na sua página pessoal na rede social Facebook, na qual dizia ter sido agredido por um indivíduo que gritou ser votante do partido Chega e que, usando linguagem racista e discriminatória, o insultou por ser “amigo” de um determinado grupo étnico.
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