A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) acaba de rever em baixa as previsões de crescimento devido à guerra comercial iniciada por Donald Trump que garante que as tarifas vão continuar.

Tensões comerciais e incertezas geopolíticas. São dois argumentos que pesam na revisão em baixa das previsões de crescimento económico mundial, acabada de fazer pela OCDE.

A organização económica intergovernamental explica que a nova política norte-americana de tarifas vai prejudicar o México que entrará em recessão a partir deste ano. E também o Canadá onde haverá um fraco aumento da atividade, de 0,7%, tanto em 2025 como em 2026.

Mas os Estados Unidos não vão escapar ao choque. O Produto Interno Bruto vai abrandar ao passar de um crescimento de 2,8% o ano passado para 2,2% este ano.

Neste cenário, a OCDE insiste que as três economias ganhariam com a inversão da escalada tarifária.

Na Europa impera a incerteza

Na Europa, a incerteza também pesa, embora o efeito direto das tarifas já oficializadas seja menor. Mesmo assim, a OCDE reduz em três décimas de ponto percentual o crescimento esperado na zona euro.

Para Alemanha, Itália e França há expectativas de baixa enquanto Espanha vai ser o único dos principais parceiros da zona euro a contrariar a tendência, com um crescimento do PIB duas vezes superior ao daqueles três países, tanto este ano como o próximo. Também se prevê que a economia chinesa sofra um abrandamento.

Na alegada poupança estão os cortes nas ajudas de que também temos ouvido falar e que tocam em vários setores, o mais recente é o da comunicação social.

Sem financiamento, órgãos como a Voz da América, Rádio Europa Livre e a Rádio Liberdade fecham. Fazem parte duma rede norte-americana de rádio e televisão que transmite internacionalmente em mais de 40 idiomas.

Deste fim de semana chegam ainda as imagens de mais de 200 venezuelanos alegadamente membros de um gangue venezuelano que Trump deportou depois de um juiz federal ter tentado impedir que isso acontecesse.

Administração dos Estados Unidos usou uma lei do século XVIII, conhecida como Lei dos Inimigos Estrangeiros.