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Procuradora-geral dos EUA avisou Trump que o seu nome aparecia no dossier Epstein | EUA

A procuradora-geral dos EUA, Pam Bondi, informou o Presidente dos EUA, na Primavera, que o seu nome aparecia mencionado no dossier Epstein, noticiou na noite desta quarta-feira o The New York Times citando três fontes com conhecimento dessa troca de informação. Em causa está o caso relativo à investigação do abuso sexual de centenas de vítimas pelo influente investidor nova-iorquino e a sua alegada ligação a Donald Trump.

O jornal norte-americano, que sublinha que foi o Wall Street Journal a dar a notícia em primeira mão, diz que a divulgação da informação terá ocorrido, em Maio, no contexto de um briefing mais alargado relativo a uma reavaliação do caso por agentes do FBI e procuradores. Pam Bondi terá informado Trump numa reunião na qual também estava o vice-procurador-geral dos EUA, Todd Blanche. Ambos salientaram a Donald Trump que o seu nome surgia juntamente com o nome de outras individualidades norte-americanas destacadas em documentos que não foram antes divulgados publicamente.

O nome de Trump já tinha aparecido em documentos relacionados com a investigação ao multimilionário — de quem Trump diz ter sido amigo só até ao ano 2000, ano a partir do qual diz que se terá afastado dele. “No âmbito do nosso briefing de rotina, informámos o Presidente sobre os factos apurados. Nada nos documentos justificava a abertura de uma nova investigação”, explicou Pam Bondi num comunicado conjunto com Blanche.

De acordo com o jornal Washington Post, ambos disseram ainda a Trump que os ficheiros continham informações não confirmadas, admitindo que algumas fossem apenas rumores sobre várias pessoas que se relacionaram no passado com o multimilionário, incluindo o presidente norte-americano.

Terá sido também indicado a Trump que responsáveis do Departamento de Justiça dos EUA não pretendiam divulgar mais documentos relacionados com a investigação a Epstein porque estes continham pornografia infantil e informação pessoal sobre as vítimas.

O director de comunicação da Casa Branca, Seteven Cheung, não aceitou responder a questões sobre este tema, mas considerou que eventuais insinuações de que Trump estava envolvido em condutas ilegais com Epstein são “notícias falsas”. E lembrou ainda que Trump expulsou Epstein da sua casa, em Mar-a-Lago, na Florida.

O The New York Times explica ainda que responsáveis do Departamento de Justiça têm informado regularmente a Casa Branca sobre os desenvolvimentos na investigação. Este tipo de comunicação é permitida por lei no EUA.

Fonte próxima de Donald Trump, que falou sob a condição de anonimato ao New York Times, explicou que os responsáveis da Casa Branca não estão preocupados com estas novas informações já que o nome do presidente já aparecia na primeira ronda de informações divulgadas pela procuradora-geral.



Trump diz ter sido amigo de Epstein só até ao ano 2000

Juiz recusa divulgação do processo

Ficou a saber-se também esta quarta-feira que um juiz norte-americano recusou um pedido para divulgar partes do processo de investigação Jeffrey Epstein. Segundo a BBC, o juiz Robin Rosenberg considerou que essa divulgação violaria a lei estadual da Flórida. Trump tinha instruído a procuradora-geral, Pam Bondi, a tentar obter a divulgação de partes desse processo numa altura em que enfrenta cada vez maior pressão precisamente devido ao caso Epstein.

A divulgação do dossier Epstein, relativo à investigação do abuso sexual de centenas de vítimas pelo investidor nova-iorquino Jeffrey Epstein — que cometeu suicídio na prisão, em 2019, antes de ser presente a julgamento — era uma antiga promessa de Trump e dos seus aliados republicanos. Fortalecia esta promessa a ideia de que existiria uma lista de “clientes” de uma alegada rede de abusos sexuais de crianças encabeçada por Jeffrey Epstein, e que dela constariam os nomes de membros do Partido Democrata e de figuras da elite financeira e cultural norte-americana.

Mas no início de Julho, o Departamento de Justiça de Pam Bondi anunciou o encerramento do processo e a inexistência da alegada lista.

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