O Presidente russo convocou os jornalistas ao Kremlin, já depois da meia-noite em Moscovo, e numa comunicação sem direito a perguntas, para anunciar que a Rússia está disponível para reiniciar negociações directas com a Ucrânia, e já na próxima quinta-feira, dia 15, em Istambul.

Na comunicação, Vladimir Putin não se comprometeu com o cessar-fogo incondicional de trinta dias proposto pela Ucrânia e apoiado pelos Estados Unidos e por quatro países europeus, cujos líderes estiveram no sábado em Kiev e ameaçaram impor novas sanções “maciças” à Rússia caso esta não aceitasse a proposta.

Em vez disso, o líder russo acusou Kiev de ter violado o cessar-fogo que esteve em vigor nos últimos três dias (a Ucrânia já tinha acusado a própria Rússia de o violar) e afirmou que não foi por responsabilidade sua que não se alcançou um acordo.

“Não foi a Rússia que rompeu as negociações em 2022, foi Kiev. Apesar disso, estamos a propor a Kiev retomar negociações directas sem quaisquer pré-condições”, declarou Putin. “Apesar de tudo, estamos a oferecer às autoridades de Kiev o retomar das negociações, já na quinta-feira, em Istambul.”

A acontecerem, essas conversas devem procurar “eliminar as causas na raiz do conflito” e “alcançar uma paz longa e duradoura”, acrescentou Putin, citado pela Reuters.