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Quase 500 pessoas detidas em Londres em manifestação pela palestina

O número de detidos hoje, em Londres, numa manifestação de apoio à rede Palestine Action, proibida no Reino Unido desde o início de julho e classificada como “organização terrorista”, aumentou para 466, segundo a polícia.

“466 pessoas foram detidas por mostrarem apoio à organização Palestine Action, confirmou a Polícia Metropolitana de Londres na rede social X, acrescentando que ocorreram mais oito detenções por outros delitos, cinco das quais por ataques a agentes policiais, ainda que sem gravidade.

Depois da proibição da Palestine Action, prevista na Lei Antiterrorismo de 2000, o apoio ou militância na organização é considerado crime, com penas máximas até 14 anos de prisão.

Os advogados da organização argumentam que a proibição representa “um abuso autoritário” de poder, segundo a rádio BBC.

O Governo chefiado por Keir Starmer promoveu a proibição do grupo após um ataque a uma base aérea, no qual vários ativistas pintaram graffitis em aviões militares.

O balanço de detidos na manifestação de hoje no centro de Londres foi subindo ao longo do dia, tendo as autoridades explicado que estavam a deter todos aqueles que erguiam o cartaz “Oponho-me ao genocídio, apoio a Palestine Action”.

No local, os manifestantes exibiam outras palavras de ordem, como “Agir contra o genocídio não é crime” e “Palestina Livre”, descreveu a agência France-Presse (AFP).

Os detidos não ofereceram resistência e muitos exibiram um “V” de vitória com os dedos, sob os aplausos de outros manifestantes.

O Governo britânico insiste que os seus apoiantes “desconhecem a verdadeira natureza” da Palestine Action.

O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, anunciou em 29 de julho que Londres reconhecerá o Estado da Palestina em setembro, a menos que Israel assuma certos compromissos.

Starmer juntou-se também às numerosas vozes de líderes internacionais que se insurgiram na sexta-feira com o plano do Governo israelita de ocupar a Cidade de Gaza e deslocar sua população, mantendo o propósito de eliminar o grupo islamita palestiniano Hamas e recuperar os reféns que conserva na sua posse.

“Esta ação não contribuirá em nada para pôr fim a este conflito nem para garantir a libertação dos reféns. Apenas provocará mais derramamento de sangue”, advertiu o chefe do Governo em comunicado.

Israel impôs um bloqueio ao território e impediu as organizações internacionais de distribuírem ajuda à população, que tem sido feita exclusivamente desde maio pela Fundação Humanitária de Gaza, uma organização obscura criada com apoio de Telavive e Washington.

Segundo as autoridades palestinianas, controladas pelo Hamas, mais de 200 pessoas morreram de fome ou subnutrição nas últimas semanas na Faixa de Gaza, das quais cerca de metade eram crianças.

O conflito foi desencadeado pelos ataques liderados pelo Hamas em 7 de outubro de 2023 no sul de Israel, onde perto de 1.200 pessoas morreram e cerca de 250 foram feitas reféns.

Em retaliação, Israel lançou uma vasta operação militar no território, que já provocou mais de 61 mil mortos, segundo as autoridades locais, a destruição de quase todas as infraestruturas do enclave e a deslocação de centenas de milhares de pessoas.

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