Ficar horas a observar moscas não é algo inédito para Fredrik Sjöberg. O escritor e entomologista sueco descobriu que apanhar moscas era uma forma de exercitar a lentidão e a concentração — que passaram a ser tão intensas que se esquecia de si próprio.
Decidiu contar essa sua história de contemplação no livro A Arte de Coleccionar Moscas, que chega agora a Portugal pela editora Zigurate, depois de a primeira edição ter sido lançada na Suécia já em 2004. Duas décadas depois, continua surpreendido com o sucesso do livro, até porque não acreditava ser possível vender mais de 1000 exemplares na Suécia.
É um livro difícil de definir, de encaixar numa só categoria. Além de uma história sobre moscas-das-flores e sobre o entomologista René Malaise — cuja história Sjöberg vai reconstruindo com base nas poucas pistas deixadas —, é sobretudo uma história sobre si. Sobre a solidão e o contacto com a natureza, sobre como começou por trabalhar num teatro e acabou por conseguir uma colecção de milhares de moscas-das-flores. E de como deu por si a viver na pequena ilha de Runmarö, com tanta abundância destas moscas que nem precisa de sair do seu próprio jardim para as caçar.
Além deste livro, que recupera a história do entomologista René Malaise, Sjöberg tem outros livros, como The Art of Flight, em que também explora as minúcias da vida natural, intercalando-as com a história do pintor Gunnar Widforss; ou Russinkungen, sobre um excêntrico coleccionador chamado Gustaf Eisen, que chegou a ser conselheiro de Darwin, era especialista em minhocas e foi pioneiro no cultivo de passas na Califórnia; tem ainda uma outra obra em que recupera a história do pintor Anton Dich. São os “artistas esquecidos” de que nos fala.
Nas suas respostas lacónicas, com uma pitada de humor, Fredrik Sjöberg diz-nos que coleccionar insectos é uma “espécie de automedicação”. Mas é um remédio lento, já que a natureza aparenta ser um corpo de texto impenetrável — portanto conhecê-la é como aprender a ler. “A melhor resposta à questão de saber por que razão colecciono moscas-das-flores”, escreve no livro, “é, em última análise, a de que quero compreender as letras miúdas na única língua que tem sido a minha desde que me lembro”.
Talvez possamos começar por clarificar que este livro fala de moscas-das-flores e não das moscas normais. Costuma acontecer-lhe muito confundirem as moscas-das-flores com vespas quando as vêem, ou confundi-las com moscas normais quando ouvem falar nelas?
Sim, quase toda a gente as confunde. Se as virem, pensam que são vespas ou algo do género e, se me ouvem falar delas, pensam que são as moscas das bananas, aquelas moscas irritantes que encontramos dentro de casa. A maior parte das pessoas não sabem nem querem saber.
Não querem mesmo?
Não. Nenhuma pessoa normal se preocupa com moscas.
E porque é que acha que as moscas são desvalorizadas pela maioria de nós? Encaradas como um ser desprezível, indigno de observação?
Na História, as moscas estavam ligadas à morte. Não são muito bem vistas e não são muito charmosas. Talvez se possa achar as abelhas ou as borboletas encantadoras. Mas moscas? Nem pensar.
As moscas-das-flores são parecidas com abelhas e vespas. Em Portugal, são conhecidas quase 200 espécies de moscas-das-flores
Arterra/Universal Images Group via Getty Images
As moscas-das-flores têm este aspecto parecido com uma vespa para se protegerem, certo? Um fenómeno que se chama mimetismo.
Sim. Como acontece com muitos outros insectos, tentam parecer-se com eles, ter um aspecto ameaçador e parecerem perigosos. Encontram-se exemplos destes por toda a natureza.
Como se distinguem as moscas-das-flores das restantes?
É preciso olhar com atenção, mas normalmente as moscas-das-flores que se vêem no jardim tendem a ser mais pequenas e rápidas que as vespas, e não fazem o mesmo barulho. E podem ser encontradas nas flores. Não é assim tão difícil.
Para um olhar especializado…
É preciso praticar.
E também só têm um par de asas.
Sim, mas isso não dá para ver. As vespas têm quatro asas, mas são tão rápidas que não dá para ver.
Nem se estiverem pousadas?
Sim, se tiver um olhar aguçado, mas por norma não dá para perceber. Dá para ver se as matarmos e as pusermos em alfinetes, aí dá para ver tudo.
As moscas-das-flores são o seu insecto preferido?
Foi assim que aconteceu: comecei a coleccioná-las e gostei delas porque tinham muita diversidade. Mas sim, pode dizer-se que sim. Hoje em dia já estou um bocadinho farto delas porque já viajei por todo o mundo para falar sobre elas. Mas é sempre bom ser um especialista em algo, na verdade nem importa em quê. É bom saber muito sobre alguma coisa. E podia ter calhado ser escaravelhos ou borboletas ou outro tipo de insecto. Mas calhou ser as moscas-das-frutas.
Como é que isso aconteceu?
Foi nos anos 90. Eu vivia na ilha [Runmarö, uma ilha do arquipélago de Estocolmo], tinha três filhos pequenos numa casa pequena e precisava de sair dali e apanhar ar, sozinho. Eu já coleccionava insectos quando era criança. E, nessa altura, havia alguns livros publicados sobre as moscas-das-flores e era possível identificar as espécies.
Também tinha um amigo próximo que era perito neste tipo de insectos e que se tornou no meu guru, de certa forma. Ele ensinou-me muito. Comecei a coleccionar por volta de 1996 e não tinha quaisquer planos para escrever sobre elas. Isso só aconteceu mais tarde. Era só um passatempo. Porque, sabe, todas as melhores coisas da vida são de graça, incluindo o amor e os insectos. Por isso, também era um passatempo muito barato.
Ainda caça moscas-das-flores?
Já não as colecciono. Toda a minha exposição de moscas-das-flores foi exposta como peça de arte na Bienal de Veneza de 2009, e desde aí senti quase que a tinha dado. Depois escrevi o livro. Claro que continuo a olhar para elas e reconheço as espécies. É quase como ler um livro: se conhecermos as espécies, é como uma linguagem.
O escritor sueco Fredrik Sjöberg
Sofia Runarsdotter
Diz no livro que a coisa mais triste que pode acontecer a um coleccionador é deparar-se com uma colecção completa. Aconteceu-lhe isso?
Não, não aconteceu. Desde que escrevi o livro, todos os anos descubro uma nova espécie [na ilha ou na Suécia], coisa de que gosto muito. Quem colecciona insectos nunca terá uma colecção completa. Digo a todos os meus amigos que não devem tomar medicamentos, que deveriam coleccionar insectos porque é a mesma coisa. Tens de te concentrar e esqueces tudo à tua volta, até de ti próprio. Portanto, é quase uma espécie de automedicação.
Acredita que ter caçado insectos lhe trouxe esses benefícios? Tem mais essa sensação de calma, de lentidão, de conexão com a natureza?
Sem dúvida. Na verdade é como ler um livro. Pode ler-se a natureza como se lê um livro. E, como agora conheço a linguagem, é divertido. Mas não dá para forçar, é preciso fazê-lo com calma. Quando estou no exterior, na ilha — eu ainda vivo lá, hoje é que estou em Estocolmo — é muito calmo e relaxante.
Qual considera ser a sua maior façanha enquanto entomologista?
A minha maior conquista é poder escrever sobre isto. Eu não sou um entomologista profissional, mas sou um escritor profissional e consegui transformar este pequeno pedaço de conhecimento em literatura.
Mas li numa entrevista sua que odeia escrever. É verdade?
Sim, infelizmente, é verdade. Odeio mesmo. Adoro a parte da pesquisa para encontrar uma história, posso fazer isso durante anos. Mas a parte de escrever é difícil e eu sou um escritor muito lento e estou sempre a pensar que é uma porcaria. Fico sempre muito surpreendido quando os leitores gostam. Sempre foi assim. Para mim, os melhores dias são aqueles em que não tenho de escrever.
Porque é que acha que isso acontece?
Não sei, talvez seja por eu ser um pouco perfeccionista. Quero que seja perfeito. Até escrever um postal é difícil, mas apercebi-me quando era muito novo que tinha jeito para isto. Mas eu nem queria ser escritor pela escrita em si, era mais pela vida livre: não queria ter superiores, queria viver como quisesse, sem horários fixos. Foi uma espécie de projecto de liberdade.
Para poder passar mais tempo na natureza?
Sim, por exemplo. Ou para viajar, como faço hoje em dia. Mas principalmente era para estar sozinho na ilha. Era esse o meu plano.
Da sua experiência, encontra algumas características em comum entre os coleccionadores?
Oh, sim. É frequente haver algum perfeccionismo à mistura e queremos tentar controlar a coisa ao coleccioná-la. A maior parte de nós são nerds. Há uma espécie de felicidade que encontro entre caçadores [de insectos] e coleccionadores. Caçar e coleccionar está intimamente relacionado. E penso que temos esta tendência de coleccionar desde tenra idade. Alguns coleccionadores nasceram para isto.
Também começou a coleccionar quando era jovem?
Sim, nem a minha mãe sabe dizer exactamente quando comecei, mas deveria ter uns quatro ou cinco anos. Comecei a coleccionar insectos.
Tinha outras pessoas na sua família que também coleccionavam coisas?
Os meus dois avôs eram coleccionadores. Realmente corre nas veias desta família. Mas os meus filhos, por exemplo, que estão agora na casa dos 30, 40 anos, não são coleccionadores. Espero que os meus netos sejam.
O que é que os seus avôs coleccionavam?
O meu avô paterno coleccionava selos. Nasceu em 1884, naqueles tempos toda a gente coleccionava selos. E o meu avô materno coleccionava prata antiga, do século XVIII, prata sueca. Ele também tinha este comportamento de coleccionador muito típico.
Coleccionar insectos é muito melhor porque é muito mais barato e não tem mesmo nada que ver com dinheiro. Ainda tive alguma esperança quando a minha colecção foi exposta em Veneza. Ligaram-me a perguntar o valor do seguro e eu nunca ouvi falar de alguém que tivesse feito um seguro sobre moscas. Então disse: “São 200 mil euros.” Eles aceitaram e, depois, claro, esperava que alguém o roubasse. Mas isso não aconteceu. Foi uma pena. [risos]
Colecciona outras coisas além dos insectos?
Quando escrevi A Arte de Coleccionar Moscas, comecei a dedicar-me mais à arte. É por isso que tenho, como pode ver [o fundo da videochamada era uma parede repleta de quadros], uma enorme colecção de arte, na sua maioria de artistas esquecidos.
Não há muito dinheiro investido nesta colecção. Mas eu costumo dizer que, na verdade, não sou um coleccionador de arte, sou um coleccionador de histórias. Já escrevi alguns livros sobre artistas esquecidos. Por isso, nas casas de leilões, estou sempre à procura dos artistas esquecidos sobre os quais talvez possa escrever.
Não vou revelar aqui o objecto que surge no final do livro A Arte de Coleccionar Moscas para não estragar a surpresa aos leitores, mas ainda tem esse objecto?
Tenho, está na ilha. Também está na capa da primeira edição sueca deste livro. Era propriedade do [entomologista sueco que surge ao longo do livro] René Malaise. Há uns anos recebi a visita do meu tradutor norte-americano, que veio dos Estados Unidos para visitar a ilha, e quando o viu disse: “Uau, isto deve ter sido roubado durante a guerra. E se conseguíssemos encontrar essa pessoa, poderíamos devolvê-lo.” Mas nunca encontrei. Seria um final de história maravilhoso. Se alguém pudesse provar que tinha pertencido à sua família, adorava devolvê-lo. Depois da guerra havia muita arte roubada a aparecer na Suécia.
Nunca se sabe. As minhas histórias são muitas vezes abertas, não há um final claro para a história e, por isso, talvez este não seja ainda o último capítulo.
E este livro que escreveu fala realmente de muita coisa: não só das moscas, do coleccionismo, de obras de arte, de teatro, da história do entomologista René Malaise. De que é que se trata realmente?
Quando foi publicado, definiram-na como ciência popular sobre insectos. Depois apareceram alguns críticos a dizer “não, não, não, isto é uma biografia sobre René Malaise”. Outros disseram “não, não, não, isto é um ensaio”. Quando foi publicado na Alemanha, chamaram-lhe romance. Em Inglaterra, chamam-lhe não-ficção criativa. Na Suécia, esteve dois anos no topo de uma livraria na categoria de poesia. Nas bibliotecas, está na estante de animais invertebrados.
Para mim, é uma autobiografia. É sobre mim. Queria escrever um livro maioritariamente sobre mim, mas como me apercebi que ninguém estava interessado em mim, tive de escrever sobre outra coisa. Claro que também ninguém se interessa por moscas, então tive de procurar outras histórias. Foi um tiro no escuro de desespero. E ninguém pensou que fosse possível vender o livro. E agora tem uma vida própria.
Passados 20 anos, é agora publicado em Portugal…
Sim, passados mais de 20 anos continua a ser publicado em novos países. Mas não consigo dizer porque é que se tornou um sucesso. Talvez as pessoas o leiam como algo absurdo.
Nunca esperou que se tornasse um êxito?
Não. Pensei que poderia vender uns 1000 exemplares. A minha editora disse-me isso na altura: “Dá-me cinco anos e consigo vender 1000 exemplares”. E depois ganhou asas. Mas, para responder à pergunta do que é que se trata este livro, para mim, é sobre um jovem que se muda para uma ilha e que começa a coleccionar moscas-das-flores. E um tipo bastante feliz. Portanto, trata-se de mim e da arte de viver a vida.
Também acha que é um livro humorístico?
Diria que sim. A maioria das pessoas fica feliz quando o lê. Bem, claro que é, também faz parte do meu estilo. Quero que as pessoas sorriam. Quero que elas pensem, mas primeiro quero que sorriam. E, depois, que pensem, até porque há muitos assuntos sérios no livro.
No livro também fala muito da solidão e deste contacto com a natureza. Tendo em conta que já se passaram duas décadas desde que o escreveu, diria que hoje as pessoas estão menos ligadas à natureza?
Os jovens hoje quase não saem para a natureza, ficam diante dos seus telemóveis, ainda que não seja uma questão linear. Mas mesmo na Suécia não se encontram muitas pessoas na natureza hoje em dia. Não sei como é em Portugal, mas é claro que existe um enorme interesse pela natureza: as pessoas gostam de ler sobre ela e gostam de ver documentários na televisão. Mas não têm tempo para estar na floresta e nos prados.
O arquipélago de Estocolmo, onde fica a ilha de Runmarö
Jan Augustsson / Riksantikvarieämbetet
Quando escreveu o livro, há 20 anos, os smartphones não permeavam tudo como hoje.
Pois não. E tudo era um pouco mais lento. Acredito que voltaremos a isso. Considero-me um optimista no que diz respeito ao futuro do mundo. E há muitas pessoas hoje que se preocupam realmente com a natureza e que querem preservar as espécies. Há uma grande consciencialização na sociedade.
Também diz que muitas vezes não conseguiu que as pessoas se interessassem por moscas, mas que conseguia que se interessassem por este conceito de lentidão. Isso ainda acontece?
Sim. Muita gente está interessada na lentidão, na meditação. E coleccionar insectos é uma espécie de ioga, porque é preciso esperar e ter calma. E é claro que toda a gente está interessada nisso, apesar de não quererem coleccionar moscas. Mas eles entendiam-me quando eu falava sobre isso. Talvez seja esse o conceito do livro: é sobre lentidão. Tenho um capítulo sobre lentidão e, muitas vezes em eventos leio esse capítulo porque as pessoas adoram-no.
Ser um caçador de moscas continua a ser uma actividade solitária?
É, sim. É como ler: estás a ler o livro e é só entre ti e o escritor. E é assim com as moscas: é entre mim e a natureza. Portanto, não é uma coisa má. Quer dizer, não se pensa que é mau quando estamos sozinhos a ler. É uma solidão voluntária.
Um bom tipo de solidão, então?
Sim.
Ao contrário da solidão que vivemos hoje, em que vemos cada vez mais gente isolada.
Sim, deviam tentar sair mais, pelo menos para aprenderem um pouco mais sobre a natureza e as espécies. Muitos jovens estão viciados em redes sociais hoje e não são muito felizes. Penso que esta seria uma boa alternativa.
Tem alguma dica para quem quer cultivar essa ligação à natureza?
Sair. E há tantos livros hoje em dia que se pode usar para identificar o que se vê. Os observadores de aves, por exemplo, têm uma enorme quantidade de livros e aplicações nos smartphones que nos ajudam a identificar quais os pássaros que estão a cantar. E o mesmo acontece com os insectos. É arranjar um par de livros, uma rede e uma lupa e depois não terás mais problemas na tua vida. Bem, talvez alguns.
Gosta de viver numa ilha pequena? Como é a sua vida lá?
Gosto. Mudei-me para lá há 40 anos, quando tinha 27 anos, comprei uma casa. Mesmo estando em Estocolmo, fica apenas a uma hora de distância até à ilha: primeiro apanha-se o autocarro e depois o barco. É um paraíso. E gosto de ilhas.
É a ideia do limite?
Sim. Algumas pessoas odeiam as ilhas porque acham que são uma espécie de prisão, mas as limitações são perfeitas para mim.
De que forma?
O mundo é demasiado grande e é demasiado difícil de compreender. Em muitos aspectos, se viver numa ilha de 15 quilómetros quadrados, conhece-se quase toda a gente que lá vive, conhece-se a natureza. Para mim, é uma representação do mundo. Não consigo entender tudo na ilha, mas consigo entender uma grande parte. E eu gosto de compreender.
Ainda lá vivo, mas no Inverno passo cada vez mais tempo no continente porque na ilha é muito escuro e muito calmo. Tenho lá as minhas colecções e a minha biblioteca. Tenho lá grande parte da minha colecção de arte. É a minha base de operações. Posso sempre fugir para a ilha.
A mosca doméstica
Stephen Ausmus_USDA-ARS
Portanto, é uma sensação de conforto?
Sim.
É uma ilha pequena, mas cheia de biodiversidade, não?
Sim, é um hotspot, uma das zonas mais ricas da Suécia e mesmo do Norte da Europa [em termos de biodiversidade]. A sua flora é muito rica. Eu, por exemplo, encontrei 55 espécies de borboletas no meu próprio jardim. E este é o local mais rico da Suécia no que diz respeito a diversidade de insectos. Não preciso de sair do meu jardim. E é um paraíso.
Notou ou não um declínio destes insectos nos últimos anos?
Não, nem por isso. A crise da biodiversidade, de que fala muito na Europa, não se vê na ilha porque a paisagem é bastante selvagem. E a crise da biodiversidade vem de uma paisagem altamente industrializada. No sul da Suécia e no norte da Europa, na Holanda, na Alemanha, dá para ver uma diminuição da biodiversidade devido ao facto de a agricultura ser muito intensiva e de haver muitos fertilizantes, biocidas e outros. Não temos isso na ilha. Por isso, é tão rico como era quando lá cheguei há 40 anos.
Faz-nos pensar que a natureza estaria melhor se fosse meramente observada e não perturbada.
Sim, claro. E as pessoas que dizem que é quase demasiado tarde estão erradas porque há tempo para mudar a forma como usamos a natureza — e, por isso, estou bastante optimista.
#Quer #desacelerar #Coleccionar #insectos #uma #espécie #ioga #diz #Fredrik #Sjöberg #Entrevista