A Dyson apresenta a sua quinta vertical automatizada com rodas de 500 kg capaz de colher 200.000 morangos por mês. Lá são funcionários robôs UV, digestores e braços mecânicos: assim produz a Dyson 1.250 toneladas de morangos por ano em Lincolnshire, Reino Unido.
7 pontos basilares desta quinta futurista:
- Robôs colhem 200.000 morangos por mês
- Digestores anaeróbicos geram energia e fertilizante
- Uso mínimo de luz artificial e rega com água da chuva
- Produção anual: 1.250 toneladas de morangos
- Cultivo local = menos emissões no transporte
- Tecnologia aplicada à eficiência agrícola
- Serão estas as quintas do futuro?
No coração rural de Lincolnshire
Em pleno interior de Lincolnshire, Inglaterra, a Dyson construiu uma estufa de mais de 105.000 metros quadrados dedicada à agricultura vertical automatizada.
Neste espaço, é possível cultivar simultaneamente mais de um milhão de plantas de morango. A visão da empresa é clara: unir engenharia de precisão e sustentabilidade para revolucionar a produção alimentar.
Tecnologia de ponta ao serviço do cultivo de morangos
As plantas crescem em rodas giratórias com 24 metros de comprimento e 5 metros de altura, que se movem lentamente ao longo do dia para garantir a melhor exposição solar. Cada roda pesa cerca de 500 quilos e sustenta várias fileiras de cultivo.
Robôs com emissão de raios UV percorrem o sistema eliminando agentes patogénicos sem recurso a químicos. Outros robôs libertam insetos benéficos, como joaninhas ou vespas parasitas, para combater pragas como os pulgões de forma natural e ecológica.
Quando os morangos atingem o ponto de maturação ideal, 16 braços robóticos fazem a colheita com precisão. Em apenas um mês, o sistema colheu 200.000 morangos, sem intervenção humana direta.
Energia renovável, ciclo fechado de nutrientes e gestão eficiente da água e da luz
Um dos aspetos mais inovadores é a fonte de energia. No local está instalado um digestor anaeróbico que transforma resíduos orgânicos de cereais em biogás. Este é usado para gerar eletricidade através de turbinas, e o calor residual aquece a estufa.
O subproduto do processo, o digestato, é rico em nutrientes e volta aos campos como fertilizante orgânico, fechando assim o ciclo de energia e nutrientes.
A rega recorre à água da chuva recolhida do telhado da estufa, com 760 metros de comprimento, reduzindo o uso de água potável. A iluminação baseia-se na luz solar, sendo a luz artificial usada apenas quando estritamente necessário, poupando energia e evitando o stress luminoso das plantas
Produção local e emissões reduzidas
Com esta estrutura, a Dyson produz 1.250 toneladas de morangos por ano no Reino Unido, evitando a necessidade de importar fruta de regiões mais quentes.
A proximidade da produção reduz drasticamente as emissões de CO₂ associadas ao transporte, melhorando a pegada ecológica do produto final.
Um novo paradigma para a agricultura
A proposta de agricultura vertical automatizada da Dyson representa uma mudança radical:
- Maximiza o uso do espaço, produzindo mais com menos terra
- Reduz o consumo de água e fertilizantes químicos
- Elimina a necessidade de pesticidas e herbicidas agressivos
- Reforça a segurança alimentar local
- Permite cultivo durante todo o ano, mesmo em climas adversos
- Integra energias renováveis e transforma resíduos em recursos úteis
Esta inovação mostra que tecnologia e agricultura não são apenas compatíveis, mas complementares e podem ser aliadas fundamentais no combate às alterações climáticas e à insegurança alimentar global.
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