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Um bebé com menos de 40 dias morreu após uma circuncisão clandestina realizada por um homem sem qualificações médicas, em Espanha. Os pais terão pago cerca de 100 euros pela intervenção, mas a criança não resistiu a uma hemorragia grave provocada por um objeto cortante e incisivo.

Europa Press News
Um bebé com menos de 40 dias morreu, no passado domingo, na sequência de uma circuncisão clandestina em Roquetas de Mar, Almeria, Espanha. A intervenção, que custou cerca de 100 euros, foi solicitada pelos progenitores a um homem sem qualquer qualificação médica, de acordo com o Diario de Almería.
A criança ainda foi levada para as urgências pelos pais, mas não resistiu a uma hemorragia grave. Segundo o jornal espanhol, a autópsia preliminar concluiu que a morte foi violenta e provocada por uma ferida feita por um objeto cortante e incisivo.
Os três indivíduos foram detidos pelas autoridades e acusados de homicídio por negligência.
O “falso médico”, um homem de nacionalidade nigeriana, de 50 anos, encontra-se em prisão preventiva, sem direito a fiança, e a sua casa foi alvo de buscas. Os pais do bebé, ambos originários do Mali, encontram-se em liberdade com medidas cautelares.
Prática comum em países africanos
Esta prática é bastante comum em alguns países africanos e, muitas vezes, é realizada por pessoas sem qualificação médica e em ambientes sem condições higiénicas e sanitárias.
Outros casos semelhantes já tinham acontecido em comunidades africanas a residir em Espanha.
Em 2002, um rapaz de seis anos foi submetido a uma circuncisão clandestina. Apesar de ter sobrevivido, a criança sofreu “amputação parcial, perdendo a glande do pénis e dois terços da pele”, de acordo com o Diario de Almería.
Em 2008, um recém-nascido, filho de pais nigerianos, também foi alvo de um procedimento semelhante e não resistiu aos ferimentos. Quatro anos depois, um bebé com apenas 35 dias também sofreu uma hemorragia grave e acabou por morrer.
Um caso ainda mais recente aconteceu há dois anos, em Roma, Itália. Uma criança com 20 meses também morreu depois de ter sido submetida a uma circuncisão ilegal, em casa, na presença da mãe, de origem nigeriana.
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