O rei Haroldo e a rainha Sonia da Noruega visitam nesta segunda-feira a principal povoação do arquipélago árctico de Svalbard, estrategicamente localizado, numa altura em que os EUA, a Rússia e a China estão cada vez mais interessados na região polar, rica em recursos.
A importância estratégica do Árctico para a exploração mineira, o transporte marítimo e a segurança aumentou acentuadamente devido às repetidas declarações do Presidente dos EUA, Donald Trump, de que pretende apoderar-se da Gronelândia. O Árctico também possui combustíveis fósseis e minerais sob a terra e o fundo do mar e é uma área de competição militar e económica.
A visita real ocorre um dia depois de o Presidente francês Emmanuel Macron ter visitado a Gronelândia numa demonstração de solidariedade europeia.
Svalbard, que passou oficialmente a fazer parte da Noruega em 1925, situa-se sensivelmente a meio caminho entre o Pólo Norte e o continente europeu. A visita do rei Harold tem como objectivo assinalar um século de soberania norueguesa.
A região é regida por um tratado de 1920 que permite aos cidadãos dos Estados signatários instalarem-se ali sem necessidade de visto. O tratado de Svalbard restringe a utilização militar do arquipélago, mas as ilhas não são uma zona desmilitarizada. No passado, a Rússia acusou a Noruega de militarizar Svalbard, o que Oslo nega.
A Noruega é o país da NATO que monitoriza a vasta área de dois milhões de quilómetros quadrados do Atlântico Norte, que inclui as águas entre Svalbard e o continente europeu, utilizadas pelos submarinos nucleares da frota russa do norte.
Svalbard tem duas colónias russas, Barentsburg e Pyramiden, com 297 residentes num total de 2863 habitantes, de acordo com o Instituto de Estatística da Noruega. A China, que se autodenomina um Estado “quase árctico”, pretende criar uma “Rota da Seda Polar”, uma rota marítima alternativa para reduzir a sua dependência do Estreito de Malaca.
#Rei #Haroldo #Noruega #visita #ilha #polar #Svalbard #Árctico