Guerra Rússia-Ucrânia
A Rússia e a Ucrânia concluíram a primeira fase da maior troca de prisioneiros de guerra desde 2022. O acordo, alcançado há uma semana durante conversações mediadas pela Turquia, resultou na libertação de centenas de pessoas, mas o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, acusa Moscovo de travar o avanço das negociações.
Segundo o Kremlin, foram devolvidos à Rússia 270 militares e 120 civis. Kiev confirmou a libertação de 390 prisioneiros de guerra, sem especificar o número de civis envolvidos.
Esta troca faz parte de um plano dividido em três fases, que deverá abranger cerca de duas mil pessoas no total, tornando-se a maior operação deste tipo entre os dois países – que já realizaram mais de 60 trocas desde o início do conflito.
Apesar do avanço, Zelensky alertou que Moscovo está a bloquear progressos adicionais.
“Na verdade, o único resultado significativo do encontro na Turquia foi esta troca. Os russos estão a bloquear tudo o resto — por agora”, afirmou o presidente ucraniano. “É hora de aumentar a pressão sobre a Rússia.”
Em paralelo, Moscovo assegura estar a preparar a segunda fase do acordo. O ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Sergei Lavrov, afirmou que o país está a finalizar um rascunho do documento que poderá servir de base para um eventual acordo de paz sustentável e de longo prazo. No entanto, não há indicações de avanços concretos nesse sentido.
Enquanto decorrem as negociações diplomáticas, a escalada militar continua. Vladimir Putin anunciou a mobilização de forças adicionais ao longo da fronteira com a Ucrânia para criar uma “zona tampão de segurança”.
Os combates intensificaram-se nos últimos dias, com trocas de ataques aéreos. Drones ucranianos forçaram o encerramento temporário de vários aeroportos na Rússia, incluindo em Moscovo.
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