Extremo personifica crença do UD Oliveirense em garantir a permanência na Liga 2. João Silva serenou Felgueiras. João Victor não quer São João (a) Ver a vida a andar para trás. Guilherme Neiva não é médico mas tenta tirar Oliveira do… Hospital
Se a época já estava a ser marcada por vários momentos de adversidade, com resultados que não ajudavam a equipa a conseguir ganhar alguma estabilidade (emocional e pontual), as três derrotas consecutivas sofridas entre a 25.ª e a 27.ª jornadas pareciam ter traçado o destino do UD Oliveirense. No final dessa série, o emblema de Oliveira de Azeméis caiu para o último lugar da tabela classificativa da Liga 2 e o espectro da descida de divisão ficou mais visível do que nunca.
Mas no segundo escalão nacional, já se sabe, qualquer previsão é perigosa. A competitividade da competição é de tal ordem que todos podem ganhar a todos. Em casa ou fora. Ou seja, e como se dizia antigamente, para acertar no(s) prognóstico(s) só fazendo o totobola à segunda-feira.
Ainda assim, por terras oliveirenses ninguém desistiu. E por entre os vários responsáveis pela crença na continuidade nas provas profissionais pontifica um nome que no início de carreira muito prometeu: Mesaque Djú.
O extremo, formado no Benfica, desde cedo deu mostras de um potencial incrível, com uma irreverência pelas alas assente na velocidade, na capacidade de explosão e na qualidade técnica que apresentava em cada lance de 1×1. Fez também uma vasta carreira nas seleções jovens de Portugal, contabilizando 55 internacionalizações – esteve em três Europeus (um de sub-17 e dois de sub-19), num Mundial (sub-19) e num Torneio de Toulon -, rumando depois a Inglaterra para representar o West Ham. Esteve quatro épocas nos sub-23 dos hammers, seguindo depois viagem para a Grécia, onde vestiu a camisola do Ofi Creta. Regressou a Portugal na época 2023/2024, para jogar no Mafra, voltando a emigrar para alinhar no Gorica (Croácia). Mas a meio desta temporada viu a porta do futebol luso abrir-se novamente e aceitou o convite do UD Oliveirense.
A adaptação à nova realidade fez com que fosse suplente utilizado nos primeiros sete jogos – no último encontro desta série, diante do Tondela, estreou-se a marcar no desaire (1-3) que ditou a tarde terceira derrota consecutiva à 27.ª jornada -, mas depois disso ganhou um lugar no onze e a equipa… transfigurou-se. Foram sete os pontos conquistados nos últimos 12 possíveis (duas vitórias, um empate e uma derrota), com o extremo a dar um forte contributo para o sucesso recente. Assistiu com o Portimonense (3-2) e marcou frente ao Académico de Viseu (2-0).
O virtuosismo continua todo lá, o processo de amadurecimento parece estar completo e, aos 26 anos, tem ainda muitos sonhos por concretizar. Para já, é Mesa(que) de esperança em Oliveira de Azeméis.
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João Silva. Com uma carreira bastante preenchida, o experiente ponta de lança, de 34 anos – completa 35 no dia 21 de maio -, ajudou a serenar o Felgueiras e nesta reta final ativou a veia goleadora. Na jornada passada marcou no empate (1-1) frente ao (candidato) Vizela, na ronda anterior tinha bisado na goleada (4-0) ao Leixões. Está em forma e sabe tudo do jogo. Sentido posicional digno de um matador e faro apuradíssimo pelas balizas contrárias. Pode já não sonhar com grandes patamares, mas ainda é de uma utilidade indiscutível.
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João Victor. Querem golos? Olhem para o brasileiro. Com formação em equipas de segunda linha do outro lado do Atlântico, o ponta de lança chegou a Portugal na época 2021/2022, para representar o Berço (7 golos em 26 jogos). Passou por Dumiense (18 golos em 27 jogos) e Académica (6 golos em 31 jogos), rumando esta temporada a São João de Ver, onde contabiliza 19 remates certeiros em 33 partidas. É homem de área, forte no jogo aéreo, mas também sabe jogar em apoios frontais ou explorar a profundidade. Aos 25 anos, está à espera de uma oportunidade nos campeonatos profissionais.
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Guilherme Neiva. Depois de terminar o seu percurso no conceituado Cruzeiro, o extremo chegou a território nacional 2019/2020, ainda para os juniores do Valadares. Representou, depois, Académica/SF, Caçadores das Taipas, Vianense e Sandinenses, encontrando, esta época, o seu espaço de eleição no Oliveira do Hospital, emblema pelo qual já soma 26 jogos, 11 golos (três nas últimas cinco partidas) e duas assistências. Inteligente na definição no último terço, virtuoso e forte nas ações individuais. Aos 24 anos está claramente a pedir outros olhares…
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