A rentabilidade dos certificados de aforro vai ficar abaixo dos 2,5%, que era, até agora, o seu limite máximo. Esta queda, para 2,415%, é explicada pela descida da Euribor a três meses, que se acentuou na recta final de Março.
A taxa para as novas subscrições a realizar em Abril será divulgada esta quinta-feira pelo IGCP, a agência que gere a dívida pública.
A taxa apurada para Março também serve de referência para a refixação de subscrições anteriores na série F e noutras séries, que iniciem em Abril novo trimestre de contagem de juros, mas neste caso, o valor tem em conta as condições específicas de casa série, nomeadamente os prémios acumulados, que elevam substancialmente o valor da taxa.
Uma das características deste produto é a da contagem de juros com uma periodicidade trimestral, ou seja, o vencimento dos juros ocorre no dia do mês igual ao da data-valor da subscrição.
Apesar da descida da taxa de remuneração dos CA, mais acentuada na série F porque é calculada unicamente a partir dos valores mensais da Euribor a três meses (no antepenúltimo dia útil do mês, e com a média dos valores verificados nos dez dias úteis anteriores), sem qualquer bonificação como aconteceu em séries anteriores, a rentabilidade ainda fica acima da maioria dos depósitos a prazo.
A taxa de juro média dos novos depósitos a prazo caiu em Janeiro pelo 13.º mês consecutivo, para 1,98%, menos 0,18 pontos percentuais face aos 2,16% em Dezembro de 2024, segundo os dados mais recentes divulgados pelo Banco de Portugal (BdP).
As aplicações na Série F têm a duração de 15 anos, e garantem o primeiro prémio de permanência, de 0,25%, a partir do segundo ano e até ao quinto. A partir do sexto ano e até ao nono o prémio sobe para 0,5%. O próximo salto, para 1%, acontece no 10º e 11º, e depois para 1,5% no 12º e 13º. Nos dois últimos anos, o prémio a acrescer à taxa-base é de 1,75%.
Novas descidas no horizonte
A queda das taxas Euribor (a três, seis e 12 meses) reduz o valor dos juros a pagar no crédito à habitação, mas para compensar essa descida, as instituições bancárias também reduzem a remuneração dos depósitos, mesmo nos que não estão directamente indexados a estas taxas de mercado.
A Euribor a três meses ainda tem margem para descer mais um pouco, embora a expectativa de que pudesse cair abaixo de 2%, que as taxas de mercado, nomeadamente os contratos de futuros para este prazo, chegaram a antecipar, já não se coloque neste momento.
O valor desta quinta-feira da taxa mais curta - utilizada em cerca de um quarto dos créditos à habitação a taxa variável – confirma a tendência de descida, tendo em conta que renovou novo mínimo desde Janeiro de 2023, para 2,355%.
Apesar de ainda faltarem duas sessões para o fim de Março, a média mensal da Euribor a três meses ficará muito perto de 2,454%.
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