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Terramoto e tsunami massivos na Rússia não estão a afetar cabos submarinos, para já

Um dos maiores terramotos alguma vez registados atingiu recentemente a costa leste da Rússia, provocando alertas de tsunami em várias regiões do Pacífico. Apesar da violência do abalo sísmico e do potencial destrutivo associado, as infraestruturas digitais subaquáticas, nomeadamente os cabos submarinos que asseguram comunicações e dados globais, mantêm-se, para já, operacionais e sem registo de avarias.

3 pontos a reter:

  • Terramoto de magnitude 8,8 atinge costa leste da Rússia
  • Epicentro próximo de dois cabos submarinos locais, que permanecem operacionais
  • O Pacífico está repleto de outros cabos, mas poderão estar a salvo de perturbações

Cabos submarinos continuam operacionais após forte terramoto

Após o sexto maior terramoto registado na história ter ocorrido ao largo da costa oriental da Rússia, os especialistas apressaram-se a garantir que os cabos submarinos críticos usados para a internet e transferência de dados permanecem seguros.

Com uma magnitude de 8,8, foram emitidos avisos de tsunami por toda a região do Pacífico Norte, incluindo o Japão e a costa oeste dos EUA. Ondas já chegaram ao Havai e as localidades costeiras japonesas de baixa altitude foram aconselhadas a evacuar.

Contudo, até ao momento não se registaram efeitos nas infraestruturas críticas, com os cabos submarinos a manterem-se intactos.

Terramoto na Rússia não causou falhas na internet

Até agora, não há registo de falhas nos serviços de comunicações, computação na nuvem ou produção de chips, com plataformas como AWS, Azure e Google Cloud a funcionarem normalmente.

A Rostelecom da Rússia não reportou qualquer interrupção no seu cabo submarino que liga Petropavlovsk-Kamchatsky a Anadyr, apesar da sua proximidade com o epicentro.

O cabo submarino Polar Express, atualmente em construção e também situado perto do local do sismo, não aparenta ter sido afetado, embora o terramoto possa causar atrasos no projeto.

O «Polar Express» é um cabo submarino de comunicação proposto para o Ártico com 12.650 km de comprimento, que liga Murmansk e Vladivostok atravessando a Rota do Mar do Norte, com uma capacidade total prevista de 52 a 104 Tbit/s. O cabo foi proposto em 26 de outubro de 2020, por decreto do presidente da Rússia, e a realização do projeto foi iniciada em 18 de novembro de 2020 pela Morsvyazsputnik, uma subsidiária da Agência Federal de Transporte Marítimo e Fluvial do Ministério dos Transportes da Rússia.

Embora não existam outros cabos a passar diretamente pelo epicentro, o Pacífico alberga vastas redes de cabos submarinos, como o Topaz da Google e o Jupiter, parcialmente detido pela AWS e pela Meta.

Importa referir que os cabos submarinos são geralmente enterrados em valas nos primeiros quilómetros após a costa. Quando ficam expostos no fundo do oceano, encontram-se a profundidades que os protegem de colunas de água provocadas por tsunamis.

O maior risco provém de deslizamentos de terra submarinos causados por sismos, como aconteceu em 2006, quando um terramoto de magnitude 7,0 em Taiwan danificou nove cabos no Pacífico Asiático.

Os grandes fornecedores de serviços em nuvem também utilizam várias Availability Zones, o que significa que, mesmo que o sismo na Rússia afetasse uma área, o tráfego poderia ser redirecionado no espaço de horas.



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