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Tragédia do submarino Titan “era evitável”, conclui relatório da Guarda Costeira dos EUA

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Um relatório da Guarda Costeira dos Estados Unidos concluiu que a implosão do submarino Titan, que causou a morte de cinco pessoas no verão de 2023, poderia ter sido evitada. A investigação revelou falhas graves relacionadas com o aparelho subaquático, assim como uma cultura de segurança tóxica na OceanGate.

OceanGate

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OCEANGATE EXPEDITIONS

Foi no verão de 2023 que cinco pessoas morreram a bordo do submersível Titan. A expedição da OceanGate Expeditions tinha como objetivo observar de perto os destroços do famoso Titanic. Dois anos depois do incidente, um relatório da Guarda Costeira dos Estados Unidos, divulgado esta terça-feira, concluiu que a implosão fatal do aparelho subaquático resultou numa tragédia “evitável”.

“Este acidente marítimo e a perda de cinco vidas eram evitáveis”, afirmou Jason Neubauer, presidente da Comissão de Investigação Marinha da Guarda Costeira, encarregada de investigar o desastre do Titan, citado pela BBC.

A investigação resultou num relatório com mais de 300 páginas, que identifica falhas graves no design, certificação, manutenção e inspeção do submersível. O CEO da OceanGate, Stockton Rush, que morreu na tragédia, foi responsabilizado por ignorar repetidos alertas de segurança e por operar o veículo com margens de segurança consideradas inaceitáveis.

Com base nos depoimentos de mais de duas dezenas de testemunhas, incluindo ex-funcionários, o relatório refere ainda que existia uma cultura tóxica” dentro da OceanGate, onde as preocupações com a segurança eram desvalorizadas ou mesmo silenciadas através de intimidação interna.

“A cultura tóxica de segurança da OceanGate, a estrutura corporativa e as práticas operacionais apresentavam falhas graves e, no centro destas falhas, estavam disparidades gritantes entre os protocolos de segurança escritos e as práticas reais da empresa. Durante vários anos antes do incidente, a OceanGate recorreu a táticas de intimidação, exceções concedidas para operações científicas e à reputação favorável da empresa para escapar ao escrutínio regulatório”, refere o documento, citado pelo Newsportu.

A mesma investigação concluiu também que a empresa norte-americana continuou a utilizar o Titan, apesar de este ter sofrido vários incidentes anteriores que comprometeram o seu bom funcionamento e que nunca chegaram a ser devidamente avaliados.

Além disso, o casco em fibra de carbono estragou-se mais rápido porque esteve guardado ao ar livre durante o inverno no Canadá em 2023, estando exposto a variações extremas de temperatura, o que enfraqueceu a estrutura do submarino.

Da tragédia do Titanic à tragédia do Titan

A 18 de junho de 2023, a OceanGate deu início a uma expedição para observar os destroços do famoso Titanic, naufragado no Atlântico Norte a cerca de 3.800 metros de profundidade. A bordo do submersível Titan seguiam cinco tripulantes:

  • Richard Stockton Rush – CEO e fundador da OceanGate.
  • Shahzada Dawood  Empresário e filantropo paquistanês-britânico.
  • Suleman Dawood – Filho de Shahzada Dawood, com apenas 19 anos.
  • Hamish Harding – Bilionário e dono da Action Aviation.
  • Paul-Henri Nargeolet – Explorador francês que já tinha visitado os destroços do naufrágio mais de 30 vezes.

Mais de um ano e meio após a tragédia que tirou a vida aos cinco ocupantes do submarino, foi divulgado o áudio do momento em que o Titan implodiu. O estrondo foi captado a cerca de 1.500 quilómetros de distância.

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