Ao longo da história, houve 110 eleições papais que resultaram em papas atualmente reconhecidos como legítimos pela Igreja Católica, embora o conclave, tal como hoje o conhecemos, só tenha começado mais tarde. Alguns conclaves duraram meses, outros apenas algumas horas.

“Conclave” é uma palavra que deriva da expressão em latim cum clave, que significa “com chave”, porque os cardeais são literalmente trancados dentro da Capela Sistina até que um novo Papa seja eleito.

A tradição começou com o mais longo de todos: 34 meses. Os cardeais estavam a demorar demasiado, e o governador da cidade de Viterbo, não muito longe de Roma, decidiu trancá-los para que a eleição acontecesse. Chegaram mesmo a ficar sem água e comida, para se apressarem.

Quando foi eleito João Paulo II, disse-se que tinha vindo de um país distante. Da Polónia a Itália não vai uma grande distância, é certo, mas o destaque devia-se ao facto de ser o primeiro papa eslavo e o primeiro pontífice não italiano desde o século XVI. 26 anos depois, a morte de Karol Wojtyła abriu espaço para o seu sucessor.

O conclave de Joseph Ratzinger teve a particularidade de ser dos mais rápidos de sempre e o primeiro cujo início foi transmitido em direto pela televisão. Bastou um dia e meio para que o fumo branco saísse da chaminé da Capela Sistina.

Quase oito anos mais tarde, Bento XVI viria a abdicar do cargo. Uma vez oficializada a renúncia, foi tempo de reunir os cardeais mais uma vez.

Estávamos a 13 de Março de 2013 quando o fumo branco voltou a sair, revelando que a escolha estava feita. À quinta votação, Jorge Mario Bergoglio, da Argentina, foi eleito Papa, reunindo 85 votos e garantindo os dois terços necessários para ocupar o lugar, também conhecido como Bispo de Roma.