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Três anos de guerra na Ucrânia: postura de Trump dá carta branca a Putin para “outras invasões”

O Mundo a seus Pés

Podcast

A frase do título é um forma de expressão. Nenhum ucraniano é russo e por isso não pode voltar a ser o que nunca foi. Mas é assim que o medo se expressa nas ruas do país, agora que o novo inquilino na Casa Branca parece ter passado a bola para as mãos de Putin. “Voltar a ser russos” é voltar a ter políticos alinhados com Moscovo, voltar a viver sob jugo ditatorial como na altura da URSS, para mencionar apenas o mais recente período de domínio russo sobre a Ucrânia. Neste podcast falamos com o repórter André Luís Alves, que vive na Ucrânia, e com a investigadora Cátia Moreira de Carvalho que visitou recentemente várias start-ups de Defesa na Ucrânia

A invasão da Ucrânia aconteceu há três anos. Durante três anos, Estados Unidos e União Europeia, com ajuda de outros países como o Japão, o Canadá ou a Coreia do Sul, mantiveram uma linha quase continua de apoio à Ucrânia na sua defesa contra a agressão russa, tanto ao nível militar e humanitário, como em forma de doações para o que o orçamento público do país continuasse a poder sustentar os afazeres normais de um Estado, com as suas escolas, hospitais, semáforos e iluminação pública a funcionar.

A Europa doa mais à Ucrânia do que os Estados Unidos, mas sem a gigantesca indústria de armamento do país que, ainda que separado por um oceano, continuava a ser o considerado o maior aliado dos países europeus até há dois meses, será impossível a Ucrânia conseguir uma posição negocial mais vantajosa do que aquela que tem agora. E neste momento, o poder está do lado de Putin: Donald Trump fez por garantir isso mesmo ao retirar a UE da mesa de negociações, ao assumir que a NATO está fechada à Ucrânia e apelidar Zelensky de ditador. Três anos após o início da invasão da Ucrânia pela Rússia, quem se senta na Casa Branca incorpora propaganda russa nos seus discursos e não parece preocupado com a insegurança que transmite a milhões de pessoas que confiavam nos Estados Unidos para ser o farol democrático do Ocidente.

Neste episódio do Mundo a Seus Pés, falamos com duas pessoas com conhecimento do terreno ucraniano, de pontos de vista diferentes: André Luís Alves, que escreve e fotografa a guerra há três anos, e que atualmente vive na Ucrânia. E Cátia Moreira de Carvalho, investigadora da Dublin City University e do Instituto Português de Relações Internacionais e que esteve recentemente na Ucrânia como representante do Instituto para a Promoção da América Latina e Caraíbas. O foco da sua visita foi precisamente ao sector da Defesa, onde ficou a conhecer as linhas de produção de várias empresas focadas no desenvolvimento de armamento de ponta.

Com a União Europeia a tentar encontrar um caminho e uma posição no mundo fora do guarda-chuva norte-americano, a Ucrânia pode ser o laboratório de inovação ideal para o desenvolvimento da indústria da Defesa europeia, como nos explica Cátia Moreira de Carvalho. Mas para já, como diz André Alves, os ucranianos estão “um pouco em choque” e já só desejam “não ter de voltar a aprender russo”.

O Mundo a Seus Pés é um podcast semanal apresentado, em rotatividade, por Pedro Cordeiro, Ana França, Mara Tribuna e Hélder Gomes.

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