O Presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou o envio de dois submarinos nucleares para regiões “apropriadas”, numa resposta direta às declarações do antigo presidente russo e atual vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitry Medvedev.

Através da plataforma Truth Social, Trump explicou que se trata de uma medida preventiva, caso as palavras de Medvedev se traduzam em ações.
Apesar da falta de detalhes sobre os submarinos envolvidos ou os seus destinos, a Marinha dos EUA possui uma frota sofisticada e diversificada.
Submarinos de mísseis balísticos (SSBN)
A Marinha dos EUA dispõe de 14 submarinos da classe Ohio, conhecidos como “boomers”, especialmente concebidos para operações discretas com capacidade de lançar ogivas nucleares.
Cada unidade transporta até 20 mísseis balísticos Trident, com alcance superior a 7.000 km e múltiplas ogivas nucleares. Estes submarinos são projetados para sobreviver a um primeiro ataque e garantir uma retaliação eficaz.

Submarinos de mísseis guiados (SSGN)
Quatro submarinos Ohio foram convertidos para transportar mísseis de cruzeiro Tomahawk, com alcance de 1.600 km e ogivas convencionais de 450 kg.
Estas unidades podem ainda transportar e desembarcar tropas de forma clandestina. A sua presença é, por vezes, anunciada em zonas de tensão militar como sinal de dissuasão.

Submarinos de ataque rápido
Compondo a maioria da frota, os submarinos de ataque rápido destinam-se à caça de embarcações inimigas e ao lançamento de mísseis contra alvos terrestres.
Dividem-se em três classes: Virginia, Los Angeles e Seawolf.
A classe Virginia é a mais moderna, enquanto a Seawolf inclui o USS Jimmy Carter, com capacidades altamente especializadas para operações secretas.

Secrecy e estratégia
A movimentação destes submarinos é considerada uma das informações mais sigilosas da Marinha dos EUA.
O seu valor estratégico reside tanto na sua capacidade ofensiva como na incerteza sobre a sua localização, o que garante um elevado poder dissuasor frente a ameaças potenciais.