Num caminho paulatino, os carros elétricos têm chegado às estradas de vários países, com condutores privados e empresas a depositarem-lhes mais confiança. A Uber é exemplo disto, tendo conseguido que os seus motoristas adotassem a mobilidade elétrica. Esta mudança, no entanto, resultou noutro problema: o carregamento.
Segundo a empresa de boleias, nos Estados Unidos, após anos em que a ansiedade relativamente aos preços afastou os seus motoristas dos carros elétricos a bateria, surgiu um novo problema.
Um estudo com motoristas da Uber, citado pela imprensa, concluiu que a maior preocupação dos trabalhadores está relacionada com o carregamento dos seus carros movidos a bateria. Além dos pontos de carga públicos, a insatisfação recaiu sobre os domésticos.
Atualmente, apenas cerca de um terço dos motoristas de veículos elétricos da Uber, nos Estados Unidos, tem acesso a carregamento doméstico, num momento em que a grande maioria do carregamento de veículos elétricos é feita em casa.
Uber já trabalha na solução
Para resolver o problema que os motoristas destacaram relativamente aos carros elétricos, a Uber contratou Rebecca Tinucci, antiga chefe da equipa dedicada ao Supercharging da Tesla.
Conforme informámos, na altura, a empresa demitiu-a sem aviso, dispensando um dos nomes fundamentais à expansão da sua rede de carregamento.
De acordo com a Bloomberg, nove meses após assumir o cargo, Rebecca Tinucci negociou uma parceria que a Uber espera que melhore o acesso ao carregamento para 55.000 motoristas, em Londres, Boston e Phoenix.
Além disso, está a lançar uma ferramenta para ajudar 40 cidades a decidir onde instalar os seus próximos carregadores públicos.
Neste momento, segundo a Uber, há 230.000 condutores de veículos elétricos na sua plataforma em todo o mundo, o que representa um aumento impressionante de 60% relativamente ao início de 2024.
Por isso, e considerando que mais motoristas poderão vir a adotar carros elétricos, a empresa de boleias procura reforçar a infraestrutura de carregamento.
Há cerca de três anos, por exemplo, investiu 6,8 milhões de dólares na instalação de cerca de 700 carregadores de veículos elétricos num bairro de Londres onde viviam muitos dos seus motoristas. Hoje em dia, esses carregadores têm o dobro da utilização em comparação com a média nacional.
Agora, a Uber está a tornar este plano global, prevendo cobrir cerca de 60% de área. Para o resto, criou uma ferramenta chamada Electric Vehicle Infrastructure Estimator, que projeta a procura por carregadores de veículos elétricos que os seus motoristas precisam.
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