Esta terça-feira registou-se o pior dia do ano, até ao momento, em termos de incêndios, em Portugal. Um dia depois, há ainda dois grandes fogos ativos: Arouca e Ponte da Barca. Mais de 3300 operacionais estão no terreno.  

O incêndio em Arouca é o mais complexo. Com as altas temperaturas e o vento forte, as chamas avançaram para os concelhos vizinhos de Cinfães e Castelo de Paiva. Os moradores vivem há três dias em sobressalto. 

Os residentes da pequena localidade de Alvarenga, em Arouca, descrevem a última noite como “um inferno”. Vivem, desde segunda-feira, rodeados pelo fogo e com o coração nas mãos. 

Os Passadiços do Paiva já foram afetados pelas chamas e mantêm-se encerrados.  

O fogo continua a não dar descanso aos bombeiros, apoiados por viaturas no terreno e meios aéreos. 

Os concelhos vizinhos de Arouca não estão a ser poupados. Em Castelo de Paiva, o fogo também ameaçou casas e destruiu parte de uma fábrica de móveis. Já em Cinfães, o incendio chegou muito perto da vila de Nespereira.  

Moradores e bombeiros fazem tudo o que conseguem, mas o combate às chamas é desequilibrado. As zonas de eucaliptos densas, que se traduzem em combustível para o fogo, as casas dispersas pela serra, o terreno acidentado e os difíceis acessos dificultam a luta. Várias aldeias foram evacuadas e muitas estradas continuam cortadas.