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Voo inaugural do X-59 da NASA abre portas a viagens supersónicas tripuladas

A agência espacial norte-americana, NASA, alcançou um marco histórico com o voo inaugural do seu avião experimental X-59. Este evento representa um passo fundamental na missão Quesst, que quer viabilizar uma nova geração de viagens aéreas supersónicas de passageiros.

Um primeiro voo de teste bem-sucedido

Após uma longa antecipação desde a sua apresentação oficial no início de 2024, a NASA divulgou recentemente os detalhes e o vídeo do primeiro voo do X-59, uma aeronave projetada para quebrar a barreira do som de forma silenciosa. O sucesso desta prova inicial é um avanço crucial para o regresso dos voos comerciais supersónicos, uma era inaugurada pelo icónico Concorde da Air France e British Airways.

O voo inaugural, que teve lugar em Palmdale, na Califórnia, foi conduzido pelo piloto de testes Nils Larson. Desenvolvido pela lendária divisão de projetos secretos da Lockheed Martin, a Skunk Works, o NASA X-59 permaneceu no ar durante 67 minutos. A aeronave foi escoltada por um caça F-18 Hornet e aterrou com segurança no Centro de Investigação de Voo Armstrong da NASA.

Um detalhe que salta à vista no vídeo é que o X-59 realizou todo o percurso com o seu comboio de aterragem exposto. Esta decisão não foi arbitrária nem resultado de uma falha técnica, mas sim um procedimento de segurança padrão em voos inaugurais de aeronaves experimentais. Manter as rodas em baixo garante que, em caso de uma falha hidráulica ou de outro sistema, o piloto consegue aterrar sem complicações.

O segredo do X-59 está no design! Adeus ao 'boom' sónico

Apesar do sucesso, este primeiro voo esteve longe de testar os limites da aeronave. O X-59 voou a uma altitude de 3650 metros e a uma velocidade aproximada de 370 km/h. Estes números contrastam com as suas capacidades projetadas, que apontam para uma velocidade máxima de Mach 1.4 e um teto de serviço de aproximadamente 16.700 metros.

A verdadeira inovação do X-59 não está na velocidade, mas sim na forma como a atinge. O principal obstáculo que limitou a operação do Concorde foi o "boom" ou estrondo sónico, uma onda de choque audível e disruptiva que proibia o seu voo supersónico sobre zonas povoadas.

O design do X-59, com o seu nariz extremamente alongado e fino, foi meticulosamente concebido para mitigar este fenómeno. Em vez de um estrondo, a aeronave gera um "baque sónico" suave, com menos de 75 decibéis de nível percebido (PLdB). Segundo a Lockheed Martin, este som é comparável ao fecho da porta de um automóvel.

O NASA X-59 não é um protótipo de um avião de passageiros, mas sim uma plataforma de investigação. O seu principal objetivo é recolher dados cruciais sobre o voo supersónico silencioso. Esta informação será fundamental para convencer as autoridades reguladoras a alterarem as leis que atualmente restringem os voos supersónicos sobre terra, abrindo caminho para uma nova geração de aeronaves comerciais.

 

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