Uma semana atribulada para Wall Street chega ao fim, com os principais índices a fecharem a última sessão semanal com ganhos. Economia, tarifas e desenvolvimentos geopolíticos estiveram em foco, com os índices norte-americanos a recuperarem depois de comentários do presidente da Reserva Federal (Fed) norte-americana sobre o estado de saúde da maior economia mundial.
O S&P 500 subiu 0,55% para os 5.770,20 pontos, enquanto o Nasdaq Composite ganhou 0,70% para 18.196,22 pontos. Já o Dow Jones avançou 0,52% para 42.801,72 pontos.
O tecnológico Nasdaq 100 afastou-se do limiar de uma correção técnica, em que entrou brevemente durante a sessão, depois de algumas das maiores tecnológicas do mundo terem estado sob pressão nos últimos dias. Já o S&P 500 acabou por ter a sua pior semana desde setembro.
Esta sexta-feira, Jerome Powell reconheceu o aumento da incerteza nas perspetivas económicas dos EUA, mas disse que os decisores de política monetária não precisam de se apressar. “Apesar dos elevados níveis de incerteza, a economia dos EUA continua a estar numa boa posição”, afirmou Powell num evento realizado esta sexta-feira em Nova Iorque, organizado pela Booth School of Business da Universidade de Chicago.
O presidente da Fed referiu que “não precisamos de ter pressa e estamos bem posicionados para esperar por uma maior clareza“, adicionando que ainda há incógnitas sobre os potenciais efeitos dos planos económicos do Presidente dos EUA, Donald Trump, incluindo em matéria de comércio e imigração.
As palavras de Powell acabaram por impulsionar os principais índices, que têm tido poucas razões para celebrar durante o decorrer desta semana.
“O que eu sei é que a volatilidade parece ser a única coisa certa neste momento“, disse à Bloomberg Kenny Polcari, da SlateStone Wealth. O especialista acrescenta que “os investidores devem certificar-se de que entendem isso e que estão preparados para o que isso significa. Certifiquem-se de que estão bem diversificados para esta viagem”.
No que toca ao mercado de trabalho, a economia dos EUA criou 151 mil empregos em fevereiro, um valor que fica abaixo das estimativas dos analistas de 160 mil postos de trabalho, revelou esta sexta-feira o Departamento norte-americano de Estatísticas do Emprego. Já a taxa de desemprego dos EUA fixou-se em 4,1% em fevereiro, um crescimento face aos 4% registados no mês anterior. Ainda assim, os dados não alteram de forma significativa a avaliação que a Fed faz da robustez do mercado laboral.
No plano internacional, os investidores continuaram atentos aos desenvolvimentos em torno das políticas comerciais da Administração norte-americana. O foco passou também para Moscovo, depois de se saber que a Rússia estará disposta a negociar um cessar-fogo temporário na Ucrânia desde que haja progressos em direção a um acordo de paz final.
Quanto aos movimentos de mercado, a retalhista Walgreens Boots Alliance subiu mais de 7% durante o dia de hoje, depois de ter finalizado um acordo de 10 mil milhões de dólares para ser vendida à Sycamore Partners e sair de bolsa, após quatro meses de negociações.
Entre as “big tech”, a Nvidia avançou 1,92%, a Amazon caiu 0,72%, a Microsoft cedeu 0,90%, a Meta perdeu 0,32%, a Alphabet valorizou 0,88% e a Apple pulou 1,59%.
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