Apesar de toda a volatilidade que se abateu nos mercados norte-americanos nas últimas sessões, Wall Street acabou por registar a melhor semana desde 2023, com os ganhos desta sexta-feira a contribuírem em força para este saldo positivo.
O S&P 500 encerrou a sessão a valorizar 1,81% para 5.363,36 pontos, depois de ter enfrentado grande volatilidade no arranque da negociação. Por sua vez, o tecnológico Nasdaq Composite avançou 2,06% para 16.724,46 pontos, enquanto o industrial Dow Jones saltou 1,56% para 40.212,71 pontos.
Os principais índices norte-americanos reagiram em força ao anúncio de que a Reserva Federal (Fed) norte-americana está preparada para ajudar a estabilizar o mercado, se necessário. A garantia foi dada pela presidente do banco regional da Fed de Boston, Susan Collins, ao Financial Times, e levou o S&P 500 a avançar mais de 2%, após o comentário.
A garantia foi dada após a China ter anunciado que iria aumentar as tarifas a produtos importados dos EUA para 125%, em resposta aos 145% impostos por Washington. Apesar de ter dado mais um passo em frente em direção a uma escalada da guerra comercial, Pequim diz que foi o último e que vai deixar de retaliar os avanços de Donald Trump.
“Os mercados continuam bastante emocionais“, começa por explicar Mark Hackett, analista da Nationwide, à Bloomberg – e acrescenta: “Os mercados ainda estão à procura de estabilidade no meio de todas estas tensões comerciais não resolvidas, incerteza em termos de resultados das empresas e alguns fatores macroeconómicos”. O analista considera que os ganhos desta semana são “encorajadores”, mas “não devem ser confundidos com um ponto de viragem”.
O setor financeiro arrancou a época de resultados esta sexta-feira com nota positiva, com os lucros de três grandes bancos a ficarem acima das expectativas, mas as previsões para o futuro deixaram um sabor agridoce na boca dos investidores.
O JPMorgan registou lucros de 14,6 mil milhões de dólares no primeiro trimestre do ano, um aumento de 9% face ao mesmo período do ano passado. O resultado ficou acima das previsões, mas os investidores estiveram a ouvir as palavras do CEO da empresa, Jamie Dimon, com atenção: “A economia está a enfrentar turbulências consideráveis, com os potenciais aspetos positivos da reforma tributária e da desregulamentação a contrastarem com os aspetos negativos das tarifas e guerras comerciais”.
Em reação aos resultados, as ações do JPMorgan dispararam 4,00% para 236,20 dólares, enquanto as do Morgan Stanley, que viu os seus lucros crescerem 26% para 3,6 mil milhões, cresceram 1,43% para 108,12 dólares. Já o Wells Fargo, que falhou a previsão dos analista da margem financeira, caiu 0,95% para 62,51 dólares.
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