Os investidores aproveitaram as desvalorizações mais recentes nos mercados norte-americanos para reforçarem as suas carteiras de investimento. O movimento, conhecido como “buy the dip”, ou comprar em desconto, levou os três principais índices do país a encerrarem a negociação desta sexta-feira com ganhos avultados, com o setor tecnológico a ser o mais beneficiado.
O S&P 500 avançou 2,13% para 5.638,94 pontos, enquanto o tecnológico Nasdaq Composite valorizou 2,61% para 17.754,09 pontos. Os ganhos desta sessão foram suficientes para retirar os dois índices de território de correção, ou seja, estão a menos de 10% dos seus máximos de fecho. Por sua vez, o industrial Dow Jones cresceu 1,65% para 41.488,19 pontos.
Todas as empresas que compõe o grupo seleto das “Sete Magníficas” conseguiram encerrar a sessão no verde, embora só a Meta registe um saldo anual positivo. As ações ligadas aos semicondutores foram as que mais valorizaram esta sexta-feira, com a Nvidia a disparar 5,27% para 121,67 dólares.
“Os investidores voltaram a ficar bastante animados com todos os desenvolvimentos que têm existido em torno da inteligência artificial (IA) e é expectável que continuem”, explica Jed Ellerbroek, analista da Argent Capital, à Reuters. “Estas ações têm estado a ser bastante pressionadas, especialmente no últimos mês com os investidores a fugirem do risco”, concluiu.
Apesar dos avanços desta sexta-feira, os três principais índices norte-americanos fecharam a semana com perdas. Os desenvolvimentos na frente comercial, com os EUA e a União Europeia (UE) a intensificarem a narrativa, acabaram por eclipsar o otimismo em torno de uma inflação em trajetória descendente na maior economia do mundo. Além disso, os analistas avaliam, agora, o impacto que as tarifas podem vir a ter na inflação, indicando que a desaceleração mais recente pode ser sol de pouca dura.
Entre as principais movimentações de mercado, a Tesla cresceu 3,86% para 249,98 dólares, depois de ter sido reportado que a fabricante de automóveis liderada por Elon Musk está a planear produzir uma versão “low-cost” do seu Model Y em Xangai. A China é o segundo maior mercado da empresa e a Tesla tem enfrentado competição feroz de outras fabricantes locais, que oferecem preços muito mais baratos.
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