Além da qualidade ímpar da execução, a excecionalidade da Gulbenkian-Música está na inteligência da programação. Por exemplo, juntar Alexander von Zemlinsky (1871-1942) com Arnold Schoenberg (1874-1951): professor e aluno, também cunhados, dois futuros imigrantes na América, compositores de duas peças estreadas no mesmo concerto em Viena, há exatamente 120 anos. Outro exemplo: Kirill Gerstein (n. 1979), um pianista virtuoso com uma imaginação inimaginável, capaz de pegar numa dezena de peças de sete ou oito compositores, com datas de nascimento entre 1810 a 1985, e assim construir (compor?) um todo orgânico sobre flores e valsas primaveris, que me deixou deslumbrado.
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